Os militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) vão às urnas neste domingo (6), em todo o Brasil, para eleger a nova presidência da sigla pelos próximos quatro anos. Apesar de ser um dos principais defensores das urnas eletrônicas no sistema eleitoral brasileiro, o partido optou pelo voto em cédula de papel e apuração manual no processo interno, após não conseguir autorização dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para o uso dos equipamentos eletrônicos.
O favorito para assumir o comando do partido é o ex-ministro Edinho Silva, que conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). Do outro lado da disputa está o deputado federal Rui Falcão, que já presidiu o PT entre 2011 e 2017 e defende o retorno do partido às suas raízes populares. Também participam da eleição os petistas Romênio Pereira e Valter Pomar.
Segundo o secretário-geral do partido, Henrique Fontana, a decisão de usar o sistema manual foi tomada para garantir uma votação uniforme em todo o país. Como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que a liberação das urnas dependeria da disponibilidade dos TREs estaduais — o que não ocorreu —, o PT decidiu imprimir suas próprias cédulas e realizar a apuração de forma tradicional, sem apoio tecnológico.
A votação ocorre até as 17h, e o resultado está previsto para ser divulgado ainda neste domingo. Atualmente, o partido está sob presidência interina do senador Humberto Costa (PT-PE). A escolha da nova liderança marca um momento estratégico para o PT, que mira a reorganização interna com foco nas disputas eleitorais de 2026.
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