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Política DIPLOMACIA ARISCOSA

Governo Lula ataca EUA, poupa Irã e mancha a tradição diplomática do Brasil

Itamaraty emite nota que defende ditadura iraniana e ignora mísseis contra civis israelenses; país abandona neutralidade histórica e colhe desprestígio internacional

23/06/2025 às 19h52
Por: Douglas Ferreira Fonte: Com informações DP
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Lula coloca o Brasil ao lado de teocracia fundamentalista e fecha os olhos para os ataques a civis em Israel - Foto: Reprodução
Lula coloca o Brasil ao lado de teocracia fundamentalista e fecha os olhos para os ataques a civis em Israel - Foto: Reprodução

O governo brasileiro, mais uma vez, se colocou ao lado errado da história. Neste domingo (22), o Itamaraty divulgou uma nota em que condena veementemente os ataques dos Estados Unidos contra instalações nucleares do Irã, mas em nenhum momento menciona os mísseis lançados pelo regime dos aiatolás contra civis israelenses, incluindo escolas, hospitais e creches.

A declaração do governo Lula causou perplexidade na comunidade internacional e foi vista como mais um passo rumo ao isolamento diplomático do Brasil, que abandona sua tradição de neutralidade e equilíbrio em conflitos globais.

Por que o Brasil toma partido de uma teocracia ditatorial?

A pergunta que não cala: o que o Brasil tem a ganhar ao se alinhar ideologicamente com o regime fundamentalista do Irã? Por que o presidente Lula da Silva, em vez de adotar uma postura de mediação, opta por defender um regime que ameaça publicamente “varrer Israel do mapa” e “destruir os Estados Unidos”?

A nota do Itamaraty sequer menciona os ataques iranianos - mísseis balísticos lançados contra áreas exclusivamente civis. Em vez disso, condena os EUA por “violação da soberania do Irã” e ainda alerta para um suposto risco de “contaminação radioativa”, já descartado por especialistas.

Consequências para o Brasil

Essa guinada ideológica pode custar caro. Ao tomar partido em um conflito de alta tensão entre potências nucleares e Estados aliados, o Brasil:

  • Perde prestígio e confiabilidade internacional;

  • Compromete relações comerciais e diplomáticas com países estratégicos;

  • Enfraquece sua posição como possível mediador em conflitos;

  • Ganha o rótulo de “governo ideológico” e “intervencionista”.

Analistas apontam que essa atitude rompe com o legado de diplomacia ativa e altiva construída por décadas - inclusive durante regimes autoritários. Mesmo no período militar, o Brasil foi o primeiro a reconhecer governos de esquerda legítimos e defender a autodeterminação dos povos, como nos casos de Moçambique, Angola e Nicarágua.

Apoio ao agressor

Ao condenar quem tentou neutralizar ameaças nucleares e ignorar ataques terroristas a civis, o governo brasileiro transmite uma mensagem perigosa: apoia o agressor e se cala diante da violência real.

Para muitos, é um mico diplomático internacional. Para outros, um erro que coloca o Brasil no lado sombrio da geopolítica global - e de forma desnecessária.

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