Talvez uma das partes tristes de fazer aniversário seja ver que você ficou mais velho, que o relógio está passando mais rápido do que deveria e que não vai dar tempo de fazer tudo aquilo que se tinha planejado.
Venho de uma família na qual minha avó não gostava de festas e passou aquilo aos filhos. A minha data, então, entre o natal e o ano-novo, não era das mais simples de se encaixar nas celebrações. Mas sempre era dado um jeitinho.
Os anos passavam e eu ficava com uma ponta de ciúme de quem tinha aniversário surpresa. Hoje, faço questão de comemorar a data, ainda que com um simples bolo e um parabéns batido.
Peço presentes (livros, de preferência). E abro-os na maior surpresa e mais feliz ainda que se tivessem sido outras coisas. O dia do aniversário tem o gosto de passeio no parque, tem cheiro de presente escondido.
Não deixe de dar parabéns sinceros, olho no olho. Parabéns, para o bem, para tudo. Isso às vezes lhe dá respeito.
Se você não recebeu os muitos parabéns veja se está sendo cativante, se é presente na vida das pessoas. Veja se as mensagens que recebe têm sentimento. Um parabéns diferente significa sempre algo.
E perdoe quem não lhe deu parabéns. Você também esquece vez ou outra. Isso não significa mudar os sentimentos. Mais do que ver se lembraram de você nas redes sociais, aniversário é sempre o dia mais especial do ano.
E sempre me senti feliz por lembrarem do meu 27 de dezembro. Aquele 27. Se possível, sim, quero ser abraçada, beijada, lembrada com mensagem especial.
Aniversário nos reaviva o lado criança. Ainda que não lembrem, ainda que as felicitações diminuam, a data de cada um nos recorda que a vida é um eterno parabéns, todos os dias, com ou sem “com quem será?”, até onde durar o seu “para sempre”. Que a doce e singela graça da vida é sempre comemorar.
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