Pagamentos com cartões crescem e movimentam R$ 4,1 trilhões em 2024

Os pagamentos com cartões de crédito, débito e pré-pagos cresceram 10,9% em 2024, totalizando R$ 4,1 trilhões, segundo dados da Abecs. O cartão de crédito foi o mais utilizado, movimentando R$ 2,8 trilhões (+14,6%), seguido pelo débito, com R$ 1 trilhão (-0,1%), e pelo pré-pago, que somou R$ 379,4 bilhões (+18,1%). Apenas no quarto trimestre, as transações com cartões alcançaram R$ 1,1 trilhão (+11,2%), reforçando o papel desses meios como os principais para compras no Brasil.

O pagamento por aproximação registrou crescimento expressivo em 2024. No fim do ano, a modalidade representava 67,2% das compras presenciais com cartões, movimentando R$ 1,5 trilhão (+48,3%). A quantidade de transações por essa tecnologia chegou a 23,6 bilhões, alta de 34,9% em relação a 2023. Segundo pesquisa do Datafolha, 65% dos consumidores brasileiros utilizam esse método, sendo a rapidez e a praticidade os principais fatores para a adesão.

As compras online também seguiram em expansão, especialmente com cartões de débito. O uso do débito em transações não presenciais cresceu 10,5% no ano e acumula um aumento de 397% desde o período pré-pandemia. No total, compras pela internet e aplicativos movimentaram R$ 979,4 bilhões (+17,9%), consolidando-se como um dos principais motores do crescimento do setor de pagamentos.

Outro destaque foi o avanço do parcelamento sem juros no cartão de crédito, que representou 41% do volume transacionado nessa modalidade. Em lojas físicas, o índice foi ainda maior, chegando a 49,5%. O parcelamento em até seis vezes sem juros concentrou 65% das transações, enquanto compras parceladas em até 12 vezes responderam por 98,6% do total.

O uso de cartões no exterior também cresceu. Em 2024, brasileiros gastaram US$ 15,8 bilhões fora do país, alta de 19,7% em relação ao ano anterior. A Europa manteve-se como principal destino, representando 45% do total de gastos. A região Sul do Brasil liderou o crescimento interno, com alta de 15,5% no uso de cartões, seguida pelo Sudeste (+11,2%) e pelo Nordeste (+10,7%).