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Política GOVERNO FAZENDO ÁGUA

Governo desnorteado: redes sociais rompem a blindagem midiática e expõem crise de legitimidade e eficiência

O governo Lula está nu. Sem rumo econômico, sob pressão social e acuado pela liberdade das redes sociais, tenta retomar o controle da narrativa com censura, reformas apressadas e populismo ineficaz. O povo, no entanto, não é mais o mesmo - e as redes muito menos.

08/06/2025 às 08h43 Atualizada em 08/06/2025 às 09h45
Por: Douglas Ferreira
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Imagem produzida por IA
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Um presidente desconectado de seu próprio passado. Essa é a imagem que começa a se cristalizar no Brasil sobre o atual governo Lula. O líder carismático que já foi símbolo de oposição, resistência e diálogo com as massas se tornou, agora, um administrador emperrado, com discurso autorreferente e práticas cada vez mais incompatíveis com os desafios reais do país.

A diferença? As redes sociais.
Elas quebraram o monopólio da narrativa imposta pelos grandes veículos de mídia, hoje atrelados a robustas verbas de publicidade institucional. É nas plataformas digitais que a população tem encontrado espaço para denunciar, criticar, cobrar e expor o que o governo tenta esconder.

Lula teme o que não pode controlar

Marshall McLuhan, em sua célebre "aldeia global", previu a hiperconectividade, mas jamais poderia imaginar o fenômeno descentralizado das redes sociais atuais: um ambiente orgânico, livre, popular - e extremamente inconveniente para governos autoritários.

Por que Lula teme as redes sociais?
Porque ali, não há edição nem editor.
Porque ali, a corrupção não se varre para debaixo do tapete.
Porque ali, o INSS fraudulento, os Correios saqueados, a Petrobras infiltrada, tudo aparece.
E porque ali, o povo tem voz. E voz de verdade, que viraliza.

A esquerda e a crise de comunicação com o povo

A esquerda brasileira, que já dominou o discurso popular, perdeu essa conexão.
Substituiu a linguagem direta por jargões ideológicos.
Trocou a escuta por doutrinação.
Insistiu em controlar em vez de dialogar.

Agora, com o avanço das redes sociais, a esquerda tenta criminalizar o discurso alheio, rotulando críticas como fake news e confundindo regulação com censura. Quer controlar o único espaço onde o contraditório ainda sobrevive.

Governo sem plano, economia sem tração

Lula 3 teve carta branca do Congresso.
Teve tempo, apoio e espaço político. Mas, metade do mandato se foi e o Brasil segue sem rumo.

A economia anda de lado, os gastos públicos disparam como se o dinheiro não tivesse fim.
As políticas sociais, embora populistas, não surtiram o efeito eleitoral esperado.
Mesmo com programas como Bolsa Família, Pé-de-Meia e Auxílio Gás, a aprovação estagna.

E, em vez de apresentar resultados, o governo cria cortinas de fumaça:

  • Reforma tributária às pressas.

  • Propostas de controle das redes sociais.

  • Intervenções legislativas ideológicas e polêmicas.

Tudo, menos um plano consistente de desenvolvimento econômico e social.

O Judiciário cooptado: mais um braço da narrativa

Quando a justiça perde a imparcialidade, o Estado de Direito agoniza.
Hoje, as decisões judiciais que interessam ao governo saem com rapidez e vigor, enquanto processos espinhosos dormem nos 'escaninhos'. A politização do Judiciário virou arma para validar abusos e sufocar a oposição.

E como em regimes autoritários modernos, a lei vira instrumento de controle, não de justiça.

Estamos em um cenário de turbulência controlada?

Sim. O governo parece apostar em uma tática de:

  • Criar caos discursivo,

  • Espalhar conflitos ideológicos,

  • Distraindo a opinião pública da ineficiência administrativa e da crise fiscal iminente.

Afinal, quanto mais se fala sobre a regulação das redes, menos se fala sobre o rombo nas contas, o desemprego estrutural ou a saúde colapsada.

A democracia não precisa de censura. Precisa de verdade.

Fake news se combate com informação, não com silêncio imposto.
Governos sérios respondem com obras, eficiência, diálogo e resultados - não com inquéritos, censuras e intimidações.
Quem teme o povo informado, não governa: ocupa o poder.

O rei está nu

O Brasil já viu esse filme. A diferença é que agora, tem câmeras por todos os lados, microfones em todos os celulares e indignação sendo compartilhada em tempo real.
O governo Lula 3 está em xeque - não pelo ódio gratuito, mas pela realidade nua e crua.

E quem planta vento nas redes, colhe tempestade nas urnas.

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