O senador Marcelo Castro (MDB) deixou claro, em entrevista na última sexta-feira (9), que “perder a vaga de vice é algo que está fora de questão” para o seu partido. Castro, aliado histórico do PT - foi ministro de Dilma e apoiou Lula, Wellington Dias e agora Rafael Fonteles - defende que o MDB se fortaleceu no PIauí.
Segundo o senador, o partido foi o que mais cresceu no Estado, acumulando vitórias expressivas nas eleições municipais. “Mesmo assim, o MDB não quer nada a mais”, afirmou, reforçando que a sigla se contenta com as vagas que detém e que abdicaria de qualquer ambição extra, mas não abrirá mão das vagas de senador e da vice-governadoria.
Questionado se o MDB deixaria a base aliada caso fosse preterido na escolha do vice, Castro foi categórico: “isso é algo que está fora de questão”. O recado é duplo: garantir o espaço do partido na chapa e, ao mesmo tempo, demonstrar lealdade ao governo.
O mesmo não pode ser dito, porém, sobre a serenidade do Palácio de Karnak. A vaga de vice-governador já tem vários postulantes além de Themístocles Filho, atual ocupante:
Chico Lucas, ex-prefeito de Água Branca e líder no Centro-Sul;
Washington Bandeiras, deputado federal com forte presença no interior;
Vinícius Dias, médico e filho do ministro José Wellington Barroso de Araújo Dias.
Essa disputa interna promete esquentar ainda mais quando o governador Rafael Fonteles retornar de missão oficial à China e ao Oriente Médio. O governador terá de “descascar esse pepino”, conciliando as pretensões de aliados e evitando fissuras na aliança.
Em Brasília e no Palácio de Karnak corre a expectativa de que o MDB, Wellington Dias (que carrega influência sobre parte da bancada) e o próprio Fonteles travem um cabo de guerra decisivo pelas últimas peças desse tabuleiro político.
Próximos capítulos: a definição do vice-governador pode ditar o ritmo da base aliada até 2026. A fila de espera é longa, mas o lugar na chapa, por enquanto, é inegociável.
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