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Política UM POÇO DE CORRUPÇÃO

Governo Lula na berlinda: resistência à CPI do INSS causa indignação e levanta suspeitas de “confissão de culpa”

Resistência do governo Lula à CPI do INSS gera revolta popular, levanta suspeitas de conivência com esquema bilionário contra aposentados e ameaça minar de vez a credibilidade do Planalto

10/05/2025 às 10h38
Por: Douglas Ferreira
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Governo Lula 3 para variar está atolado num poço sem fim de corrupção e o INSS pode ser só a ponta do iceberg - Foto: Reprodução
Governo Lula 3 para variar está atolado num poço sem fim de corrupção e o INSS pode ser só a ponta do iceberg - Foto: Reprodução

A revelação do gigantesco esquema de fraudes contra aposentados no INSS caiu como uma bomba no Palácio do Planalto. O rombo bilionário - que já ultrapassa os R$ 8 bilhões e pode alcançar impressionantes R$ 90 bilhões - expôs não apenas a vulnerabilidade do sistema de crédito consignado, mas também a fragilidade política do governo Lula, que tenta, a todo custo, evitar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso.

As denúncias, investigadas pela Polícia Federal, apontam um verdadeiro consórcio criminoso envolvendo servidores do INSS, sindicatos, associações e instituições financeiras. Milhares de aposentados foram lesados com a contratação de empréstimos consignados feitos à sua revelia. O escândalo é considerado por parlamentares como “um dos atos de corrupção mais nefastos já registrados no país contra idosos e pessoas vulneráveis”.

Diante do clamor público, a oposição rapidamente articulou um pedido de CPI. O movimento ganhou tração e já conta com 270 assinaturas - muito além do mínimo necessário. No entanto, o Palácio do Planalto se mobilizou para impedir a sua instalação, com ações lideradas pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que tenta convencer parlamentares a retirarem suas assinaturas.

A atitude do governo despertou duras críticas e interpretações graves. “Quem não deve, não teme. O governo está agindo como quem tem culpa no cartório”, disparou um deputado da oposição. Nas redes sociais, a resistência do Executivo à investigação vem sendo apontada como uma verdadeira “confissão de culpa”. A frase virou bordão entre internautas revoltados com o silêncio de Lula e a falta de punições visíveis até o momento.

Segundo parlamentares como Nikolas Ferreira (PL/MG), o governo mostra incoerência ao afirmar que “a culpa é do governo anterior” e, ao mesmo tempo, evitar que a CPI apure a fundo as responsabilidades. “Se o culpado é Bolsonaro, por que barrar a investigação?”, questiona o deputado.

A perplexidade só aumenta com o fato de que, mesmo diante da gravidade das denúncias, nenhum ministro foi demitido. A base governista na Câmara, por sua vez, tem usado sua influência para estancar o avanço da comissão. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), aliado ocasional do Planalto, tem evitado comentar o tema, o que também acirra as suspeitas.

Enquanto isso, aposentados seguem sendo os maiores prejudicados. Muitos só descobriram que haviam contraído empréstimos quando já estavam com o benefício comprometido por descontos mensais. “É um crime contra os nossos velhinhos, um roubo institucionalizado”, declarou um dirigente sindical que apoia a CPI.

O caso ameaça corroer o que resta de capital político do governo Lula 3, já afetado por uma economia estagnada, escândalos internos e crises ministeriais. A sensação generalizada é de frustração e impotência. Como se o governo tivesse deixado de governar e se perdido nas próprias contradições.

Para a população, a pergunta que não cala é: por que tanto medo de uma CPI? E a resposta - ao menos nas ruas e nas redes - já começa a ecoar como um grito de revolta: quem tenta impedir a investigação é porque tem algo a esconder.

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