O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), causou polêmica ao afirmar em discurso que o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores deveriam ir “para a vala”. A fala foi feita na cidade de João Dourado, na última sexta-feira (2), diante de apoiadores. “Bota uma retroescavadeira e leva tudo para a vala”, disse o petista, completando que tanto Bolsonaro quanto quem votou nele deveriam “pagar essa conta”. Após a repercussão negativa, Rodrigues pediu desculpas e alegou que suas palavras foram tiradas de contexto.
A frase, no entanto, não é um caso isolado. Apenas dois dias antes, o "jornalista" Ricardo Noblat desejou publicamente que Bolsonaro fosse “para o inferno” — mesmo sabendo que o ex-presidente estava internado no hospital. A publicação, feita em seu perfil no X (antigo Twitter), foi apagada horas depois, mas sem qualquer retratação. Em 2021, Noblat também compartilhou uma frase do escritor Ruy Castro sugerindo que Bolsonaro deveria cometer suicídio, o que reforça uma escalada de agressões verbais contra o ex-presidente.
Outros episódios mostram que esse tipo de retórica tem se repetido entre nomes influentes da esquerda. A "jornalista" Barbara Gancia, por exemplo, pediu simbolicamente a morte de Bolsonaro e de 30 mil seguidores como “presente de Natal”. Já o colunista Hélio Schwartsman escreveu que torcia para que Bolsonaro morresse, argumentando que isso salvaria vidas durante a pandemia. O escritor Ruy Castro, por sua vez, incentivou o suicídio do ex-presidente. Até mesmo o presidente Lula já fez declarações insinuando que a facada sofrida por Bolsonaro em 2018 teria sido armação.
A violência verbal, que antes chocava, agora parece encontrar espaço e até certo respaldo sob o manto da “liberdade de expressão”. Mas até quando essa escalada será tolerada? A banalização de discursos que sugerem a morte de adversários políticos não fortalece a democracia — apenas alimenta o extremismo. E se a defesa da civilidade política vale para todos, é preciso questionar: por que líderes e formadores de opinião seguem impunes quando incitam exatamente o oposto?
A esquerda pode tudo. Sinto que já passamos do fim da República de Weimar...
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