A produção independente "The Fake Judge", do jornalista português Sérgio Tavares, estreia em maio e já causa polêmica antes mesmo do lançamento. O documentário, gravado em dez países e totalmente em inglês, busca denunciar o que Tavares chama de "autoritarismo judicial" no Brasil, com foco na atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O subtítulo do filme - "The Story of a Nation in the Hands of a Psychopath" (A história de uma nação nas mãos de um psicopata, em tradução livre) - deixa evidente o tom crítico da obra. Para Tavares, a produção tem o objetivo de expor globalmente o que considera abusos do STF e dar voz a pessoas que se dizem perseguidas pelo Judiciário brasileiro.
Ao longo da investigação, Tavares entrevistou políticos, advogados, jornalistas e exilados brasileiros que alegam perseguição judicial. Entre os entrevistados estão:
Tavares afirma que a produção surgiu após sua detenção pela Polícia Federal no Brasil, em fevereiro de 2023, quando desembarcava no aeroporto de Guarulhos para cobrir um ato político em São Paulo. O jornalista declarou que o filme é, em parte, uma resposta ao que chamou de perseguição judicial, prometendo levar a denúncia "aos cinco cantos do mundo".
Além disso, ele garantiu que não teme censura, pois o documentário será hospedado em servidores europeus, onde, segundo ele, Alexandre de Moraes "não tem qualquer interferência nem poder de mandar".
Com exibição planejada em plataformas digitais como YouTube, Instagram, Facebook e Twitter/X, "The Fake Judge" pode gerar repercussão internacional e acirrar ainda mais o debate sobre o papel do STF no Brasil.
O documentário pode reforçar as críticas de setores da oposição ao governo Lula e ao Judiciário, ao mesmo tempo que pode ser visto como uma tentativa de deslegitimar as ações do Supremo Tribunal Federal contra atos chamados de "antidemocráticos".
Seja qual for o impacto, uma coisa é certa: a produção promete provocar intensos debates políticos e jurídicos, tanto dentro quanto fora do Brasil.
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