Pouco tempo atrás, ouvi uma história curiosa, contada por uma prima. Um conhecido disse que não iria dar limites ao filho, deixando essa tarefa para o colégio.
Sim, você leu certo.
Em uma cidade que idolatra certos modelos de educação, ainda me surpreendo ao ouvir esse tipo de afirmação. Apesar disso, a mentalidade de alguns pais reflete uma batalha de egos que começa já no maternal. É um comportamento que só reforça o que muitos psicólogos já sabem: a maior demanda não é dos filhos, mas dos pais.
A escola ensina, mas são os pais que educam. Contudo, alguns insistem em delegar essa responsabilidade à instituição de ensino, esquecendo-se de que a formação integral de uma criança começa dentro de casa.
Meu sonho é que todas as escolas ofereçam uma educação humanizada, que prepare para a vida de forma integral, priorizando o que realmente importa: o sentido da vida e a realização verdadeira.
Hoje, a saúde mental parece ter se tornado um artigo de luxo.
Vivemos uma calamidade silenciosa. Muitos pais chegam ao fim do dia sem perguntar como estão os pensamentos e sentimentos dos filhos. Quando os comportamentos fogem ao esperado, culpam as crianças, ignorando um histórico de cegueira parental.
É um cenário preocupante. Lembro-me de um professor da faculdade dizer: “Não há uma única escola normal em Teresina.”
O panorama observado é peculiar. As crianças entram cedo demais na escola, saem tarde demais ou enfrentam uma carga excessiva de matérias. Tudo isso resulta em uma competição subliminar e tóxica, uma guerra desnecessária na qual ninguém realmente vence.
O meu recado para os pais é simples: amem-se, aceitem-se e escolham uma escola onde seus filhos se sintam bem. Não idolatrem o ENEM ou as Olimpíadas de Matemática. Nada disso garantirá a felicidade final de seus filhos.
Em pleno 2025, é alarmante que muitos pais ainda desconheçam conceitos como compulsão, obsessão, impulsividade e TDAH. Não sabem lidar com a raiva e acabam reféns de diagnósticos apressados e medicamentos como a ritalina.
Lembre-se: a escola passa, mas a saúde mental é para sempre!
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