As buscas pela brasileira Juliana Marins, de 24 anos, que sofreu um acidente durante uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia, foram temporariamente suspensas neste sábado (22) devido às condições climáticas severas e à baixa visibilidade na região. Natural de Niterói (RJ), Juliana está desaparecida há mais de 36 horas, após escorregar e cair cerca de 300 metros abaixo da trilha usada por turistas. Ela faz parte de um mochilão pela Ásia com uma empresa de turismo e já havia passado por países como Vietnã, Tailândia e Filipinas.
A jovem caiu durante a madrugada de sábado (horário local), o que corresponde ao início da noite de sexta-feira no Brasil. Segundo a família, ela não conseguiu se levantar após a queda. Poucas horas depois, turistas que estavam próximos identificaram a situação e entraram em contato com os parentes, repassando a localização, imagens e vídeos — inclusive com uso de drones — que mostravam Juliana consciente, mas imóvel, em uma área escorregadia e perigosa.
Apesar de relatos iniciais de que a jovem teria recebido água, comida e agasalhos da equipe de resgate, essa informação foi desmentida pela irmã de Juliana, Mariana Marins. Segundo ela, os socorristas não conseguiram chegar até o local onde a irmã estaria, devido à baixa visibilidade, terreno extremamente íngreme e à falta de cordas adequadas. A família afirma ainda que alguns vídeos que circulam nas redes sociais, sugerindo o suposto resgate, foram forjados, e que Juliana não permaneceu no ponto onde foi avistada pela última vez.
A região do vulcão apresenta muitos desafios para as equipes de busca. A neblina e o sereno tornam as pedras escorregadias, dificultando a movimentação dos socorristas e aumentando o risco de novos acidentes. Diante da gravidade do caso, a família de Juliana faz um apelo urgente por apoio aéreo: “Um helicóptero é nossa última esperança”, declarou Mariana, ao pedir que as autoridades intensifiquem os esforços antes que o tempo se torne ainda mais crítico.
Juliana é conhecida nas redes sociais por compartilhar sua rotina de viagens e seu envolvimento com o pole dance, que pratica profissionalmente. A jovem estaria incomunicável por celular, já que o pacote de telefonia adquirido não cobre ligações no local da trilha. O Itamaraty acompanha o caso, mas ainda não deu informações claras sobre um plano emergencial para resgatar a brasileira, que segue desaparecida em meio à selva montanhosa da Indonésia.
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