Um ataque a tiros ocorrido nesta terça-feira (10) em uma escola na cidade de Graz, no sul da Áustria, resultou na morte de 10 pessoas, incluindo o suspeito do crime, segundo informações da polícia local. O chamado de emergência foi registrado por volta das 10h (horário local), quando disparos foram ouvidos dentro da instituição. Diversos estudantes ficaram feridos e foram socorridos.
Embora a identidade oficial do atirador ainda não tenha sido divulgada, as autoridades trabalham com a hipótese de que ele agiu sozinho. Relatos da mídia local indicam, sem confirmação, que o suspeito seria um ex-aluno de 22 anos que retornou ao colégio e abriu fogo contra colegas em duas salas de aula, uma delas a sua antiga. A polícia isolou a área e realizou o esvaziamento da escola, enquanto parentes das vítimas recebiam atendimento.
O ataque foi classificado como o pior incidente desse tipo na Áustria no pós-guerra. Julia Ebner, especialista em extremismo do Institute for Strategic Dialogue, ressaltou a raridade desses episódios no país, especialmente em comparação com outras nações, como os Estados Unidos. O chanceler austríaco, Christian Stocker, afirmou que o massacre abalou profundamente toda a nação, enquanto a chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, expressou solidariedade às vítimas e reforçou a necessidade de garantir segurança nas escolas.
A Áustria possui uma das maiores taxas de posse de armas da Europa, com cerca de 30 armas para cada 100 habitantes, segundo o Small Arms Survey. O país permite o porte de pistolas e revólveres mediante autorização, e o uso de rifles e espingardas requer licença específica. O ataque em Graz relembra episódios trágicos anteriores, como o tiroteio jihadista em Viena em 2020, que deixou quatro mortos, e um ataque em 1997 na cidade de Mauterndorf, com seis vítimas fatais.
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