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Greta Thunberg é deportada de Israel

Ativista sueca e outros tripulantes de barco com ajuda humanitária são interceptados e enviados de volta a seus países de origem

10/06/2025 às 08h11 Atualizada em 16/06/2025 às 09h02
Por: Wagner Albuquerque
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A ativista ambiental Greta Thunberg foi deportada de Israel nesta terça-feira (10), embarcando em um voo com destino à Suécia. A confirmação veio do Ministério das Relações Exteriores de Israel, que divulgou imagens de Thunberg no aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv. A deportação ocorreu após a interceptação do barco Madleen no domingo (8), embarcação que transportava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O ministério israelense informou que todos os 12 ativistas a bordo seriam alocados em voos para seus respectivos países, com a advertência de que aqueles que se recusassem a assinar os documentos de deportação seriam submetidos a julgamento.

Entre os tripulantes do Madleen estava o ativista brasileiro Thiago Ávila, cuja volta ao Brasil foi confirmada pelo Itamaraty. Funcionários da embaixada brasileira em Israel estão prestando apoio a Ávila no aeroporto. A secretária-geral do Itamaraty, embaixadora Maria Laura da Rocha, reuniu-se na segunda-feira (10) com Lara Souza, esposa de Thiago, acompanhada pelas deputadas Erika Kokay (PT-DF) e Natália Bonavides (PT-RN). Na ocasião, a embaixadora reafirmou o compromisso do Brasil com o Estado da Palestina, reconhecido em 2010, e destacou a importância da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA), cuja Comissão Consultiva será presidida pelo Brasil.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel, ao confirmar a interceptação, criticou a iniciativa da embarcação, referindo-se a ela como um "iate de selfies" de "celebridades" com o único propósito de ganhar publicidade, e afirmou que a quantidade de ajuda humanitária a bordo era insignificante. O ministério declarou que, nas últimas duas semanas, mais de 1.200 caminhões de ajuda entraram em Gaza vindos de Israel, e a Fundação Humanitária de Gaza distribuiu cerca de 11 milhões de refeições diretamente aos civis. A autoridade israelense reiterou que existem "maneiras reais" de entregar ajuda à Faixa de Gaza e que os donativos do navio Madleen serão transferidos por canais humanitários apropriados.

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