Não é exagero afirmar que o primeiro casal do Brasil - Lula e Janja - gasta como se não houvesse amanhã. Enquanto o cidadão brasileiro aperta o cinto, paga impostos abusivos e enfrenta um cenário econômico desafiador, o casal presidencial desfila mundo afora com uma ostentação que salta aos olhos - e ao bolso do contribuinte.
A mais recente estada em Paris é um exemplo gritante. Segundo revelações da imprensa independente, o casal gastou mais de R$ 1,2 milhão apenas com hospedagem. E não se trata de acomodações simples ou funcionais - são suítes presidenciais em hotéis cinco estrelas, dignas de chefes de Estado das maiores potências mundiais, mas que nem mesmo eles se atrevem a bancar com tanto desprendimento.
O custo com aluguel de veículos de luxo na capital francesa também impressiona: R$ 974 mil. Nem os presidentes de países como Alemanha, Japão ou Estados Unidos ostentam dessa forma. No Brasil, no entanto, esse tipo de gasto parece ser tratado com normalidade.
Além dos gastos com hospedagem e transporte, somam-se as despesas com intérpretes (R$ 38,8 mil), acomodação da equipe de apoio (R$ 76,4 mil) e quartos adicionais (R$ 144 mil). Tudo pago com dinheiro público, tudo bancado pelo brasileiro que muitas vezes nem tem acesso a serviços básicos de saúde e educação.
O que mais causa indignação é o silêncio da grande mídia. Poucos jornais e portais se atrevem a questionar esses gastos. Por quê? É uma pergunta incômoda, mas necessária. Muitos veículos são financiados, direta ou indiretamente, com verbas públicas. Resultado: cumplicidade velada e desinformação em massa.
Quem ousa falar a verdade - jornalistas independentes como Cláudio Humberto e portais como Gazeta Hora1 - é ignorado ou descredibilizado. Ainda assim, seguem fazendo o trabalho que boa parte da imprensa se recusa a fazer: mostrar os fatos, com números, com documentos, com responsabilidade.
Enquanto o país enfrenta rombos fiscais, aumento de impostos e nenhuma proposta concreta de corte de gastos públicos, o comportamento da presidência parece desconectado da realidade. Lula e Janja viajam, se hospedam e se alimentam como se o Brasil fosse uma potência escandinava - mas quem paga essa conta é o trabalhador brasileiro, sufocado pela carga tributária.
A crítica não é à diplomacia nem à importância das viagens de Estado. A crítica é ao luxo desnecessário, à falta de austeridade e ao desprezo pelo dinheiro público, aliás, do contribuinte, por que não existe dinheiro público.
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