O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (8) que irá proibir o uso de máscaras em protestos em todo o país. A medida surge após dois dias consecutivos de manifestações na Califórnia contra as operações federais de imigração, que resultaram em confrontos, prisões e feridos em Los Angeles.
A declaração foi feita por meio da rede Truth Social, onde Trump classificou os protestos como ações promovidas pela “Esquerda Radical” e acusou os manifestantes de serem “instigadores” e “arruaceiros pagos”. Em sua publicação, Trump questionou o uso de máscaras durante os atos: “O que essas pessoas têm a esconder e por quê?”, escreveu. A decisão, no entanto, não se aplica aos agentes do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas), que, segundo o diretor interino Todd Lyons, utilizam a proteção para preservar a identidade e segurança de suas famílias.
Na noite de sábado (7), a Casa Branca divulgou que Trump assinou um memorando presidencial autorizando o envio de 2 mil membros da Guarda Nacional para conter os protestos em Los Angeles. A medida foi defendida por autoridades da sua administração como resposta a “dias de violência, confrontos e distúrbios”. De acordo com o FBI, há investigações em curso sobre manifestantes que teriam interferido nas operações de deportação durante os protestos.
As manifestações começaram na sexta-feira (6), quando o ICE cumpriu mandados de busca em três locais e prendeu ao menos 44 pessoas. O cenário rapidamente escalou: no sábado, duas viaturas foram danificadas, um shopping registrou um princípio de incêndio e dois policiais ficaram feridos. A polícia de Los Angeles declarou alerta tático e utilizou gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para dispersar a multidão.
Trump aproveitou o episódio para criticar duramente o governador Gavin Newsom e a prefeita de Los Angeles, Karen Bass, chamando-os de “incompetentes” e acusando-os de fracassarem tanto na contenção dos protestos quanto na gestão dos incêndios florestais no estado. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, reforçou a postura do ex-presidente: “Esses criminosos serão presos e levados rapidamente à justiça”, disse. Já o assessor da Casa Branca, Stephen Miller, resumiu o posicionamento da administração Trump: “Deportar os invasores ou se render à insurreição”.
As manifestações devem continuar nos próximos dias, em meio ao acirramento do discurso político e à intensificação das ações federais contra a imigração nos Estados Unidos.
Confira imagens de um confronto:
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