Aos 22 anos, Laysa Peixoto, natural de Contagem (MG), se prepara para se tornar a primeira mulher brasileira a ir ao espaço. A cientista, que iniciou sua trajetória acadêmica no curso de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi selecionada para a turma de astronautas de 2025 da Titans Space, organização internacional voltada à exploração espacial. Sua primeira missão como astronauta está prevista para 2029, com um voo inaugural comandado por Bill McArthur, veterano da NASA.
Laysa ganhou notoriedade internacional em 2021, aos 18 anos, quando descobriu um asteroide durante uma campanha da NASA, que posteriormente foi batizado de LPS0003 em sua homenagem. Desde então, a mineira vem acumulando conquistas impressionantes: concluiu o programa Advanced Space Academy da NASA em 2022, liderou uma equipe de pesquisas espaciais em 2023 e integrou a prestigiada lista Forbes Under 30, na categoria Ciência e Educação.
A escolha de Laysa para a Titans Space é fruto de sua formação, conquistas e engajamento com programas de pesquisa espacial. Ela foi selecionada para compor a nova geração de astronautas profissionais da organização, com a missão de participar de voos espaciais tripulados que devem incluir destinos como a Lua e Marte.
Antes do voo orbital de 2029, Laysa passará por intenso treinamento, voos suborbitais e missões privadas, além de cursar formação como piloto profissional, etapas essenciais para sua qualificação como astronauta de carreira.
Embora ainda não tenha realizado uma viagem suborbital oficial, Laysa já participa de simulações e treinamentos como parte do processo de certificação. Seu envolvimento com voos espaciais está inserido em uma estratégia de médio prazo da Titans Space, que prevê a integração de jovens talentos em missões de alto impacto científico e tecnológico.
Se concluir com sucesso sua missão de 2029, Laysa será a terceira brasileira a ir ao espaço, após o astronauta Marcos Pontes - até hoje o único a realizar tal feito. Mais do que uma conquista pessoal, sua jornada representa uma virada histórica para o protagonismo feminino na ciência brasileira, inspirando uma nova geração de jovens - especialmente meninas - a sonhar com o universo.
“É uma honra levar a bandeira do Brasil comigo como a primeira mulher brasileira a cruzar essa fronteira”, declarou Laysa em suas redes sociais, celebrando o início de sua nova missão.
Mín. 22° Máx. 34°