Os Estados Unidos criaram 177 mil vagas de trabalho em abril, número acima da expectativa de analistas, que projetavam em média 130 mil novos postos, segundo a agência Reuters. Embora o resultado represente uma alta de 50% em relação a abril do ano passado, quando foram geradas 118 mil vagas, houve uma leve desaceleração frente a março deste ano, que registrou 185 mil novos empregos. Os setores com maior crescimento foram saúde, finanças e distribuição, enquanto o setor público segue perdendo vagas, em linha com a política de redução da máquina federal defendida pelo ex-presidente Donald Trump.
De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, a taxa de desemprego se manteve estável em 4,2% em abril, o que corresponde a 7,2 milhões de pessoas desocupadas. No entanto, o desemprego de longo prazo apresentou piora: aumentou em 179 mil pessoas o número de americanos desempregados há mais de 27 semanas, totalizando 1,7 milhão – ou 23,5% do total de desempregados. A taxa de desemprego vem oscilando entre 4% e 4,2% desde maio do ano passado.
A população ocupada chegou a 163,9 milhões de trabalhadores em abril, frente a 163,5 milhões em março e 161,5 milhões no mesmo mês de 2024. Isso representa 60% da população total dos Estados Unidos, atualmente estimada em 273,2 milhões de pessoas, mantendo-se praticamente estável em relação aos meses anteriores.
O salário médio por hora pago em abril foi de US$ 36,06, com crescimento de 0,2% na comparação com março e de 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A jornada média semanal foi de 34,3 horas, o que resulta em uma renda média semanal de US$ 1.236,86, ou cerca de US$ 4.947,43 por mês. Abaixo dessa média, permanecem 4,7 milhões de trabalhadores em meio-período que gostariam de atuar em período integral, mas enfrentam restrições impostas pelas empresas ou dificuldade em encontrar novas vagas. Esse contingente se manteve estável frente ao mês anterior.
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