Jair Bolsonaro rompeu o silêncio nesta sexta-feira (11/4) após ser internado com dores abdominais causadas por complicações da facada que sofreu em 2018. Em conversa por vídeo com o colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, o ex-presidente deu detalhes de seu quadro clínico, avaliou os próximos passos de seu tratamento e manteve o tom combativo e bem-humorado que costuma adotar em momentos de crise.
O ex-presidente estava em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, onde cumpria agenda da “Rota 22” - seu giro político pelo país - quando começou a sentir dores abdominais.
Foi transferido de helicóptero para o Hospital Rio Grande, em Natal, em aeronave cedida pelo governo estadual.
Dores fortes no abdômen e diminuição do funcionamento intestinal foram os primeiros sinais.
Os médicos suspeitam de uma obstrução ou paralisia intestinal, quadro potencialmente causado pelas sequelas da facada de 2018.
Bolsonaro tem fragilidade nas alças intestinais, o que exige cuidados especiais com evacuação e alimentação.
Antonio Macedo, cirurgião de confiança do ex-presidente, acompanha o caso à distância e pode viajar até Natal ou receber o paciente em São Paulo.
Por ora, Bolsonaro está sendo monitorado por máquinas e profissionais potiguares, com dieta suspensa e tratamento medicamentoso.
O quadro não é considerado grave, mas o risco de cirurgia não está descartado.
Caso o tratamento clínico não resolva, a alternativa será uma cirurgia para desobstruir o intestino.
O procedimento poderá ser realizado em Natal ou em São Paulo, a depender da evolução do quadro nos próximos dias.
Apesar da internação, Bolsonaro manteve o humor ácido e fez piada:
“Já estou quase 100% e continuo chipado”, brincou, em referência ao chip hormonal que utiliza para melhorar o desempenho sexual.
Também afirmou que ainda não tem previsão de alta, mas garantiu que retomará as viagens pelo Nordeste assim que possível:
“Quando eu tiver alta, volto para casa, em Brasília, e, depois de 10 ou 15 dias, retorno ao Nordeste para retomar as agendas da Rota 22”.
Não há previsão oficial de alta. O protocolo médico exige monitoramento cuidadoso até que se defina se o caso pode ser resolvido com remédios ou se exigirá cirurgia.
Médicos avaliam diariamente a evolução, e uma eventual transferência para São Paulo dependerá do parecer do cirurgião Antonio Macedo.
Conclusão:
O episódio reacende a preocupação com as sequelas da facada sofrida por Bolsonaro há quase seis anos, ainda responsáveis por internações e possíveis cirurgias. Mesmo assim, o ex-presidente mostra disposição para continuar em campanha - médica e política. E, como de costume, transforma o leito hospitalar em trincheira de resistência.
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