O mal-estar sentido por Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (11) no Rio Grande do Norte reacende uma preocupação médica que o acompanha desde 2018: as complicações decorrentes da facada sofrida durante a campanha eleitoral. Segundo seus auxiliares, ele teria apresentado sintomas de uma possível obstrução intestinal, um quadro em que o intestino tem seu funcionamento interrompido, geralmente por um bloqueio físico ou funcional.
No caso do ex-presidente, os médicos apontam como causa provável as aderências — cicatrizes internas formadas após múltiplas cirurgias abdominais. Essas aderências podem criar “pontes” de tecido que colam partes do intestino umas às outras, o que pode levar ao bloqueio do trânsito intestinal. Quando isso ocorre, o paciente sente dores fortes, inchaço, náuseas e pode evoluir para vômitos, desidratação e infecções, dependendo da gravidade do quadro.
O melhor cenário para Bolsonaro seria a reversão do quadro com tratamento clínico, como hidratação, uso de medicamentos e jejum controlado para aliviar a pressão intestinal. Essa abordagem, se bem-sucedida, evita a necessidade de nova cirurgia. Contudo, se a obstrução não se resolver ou houver sinais de isquemia (falta de sangue em partes do intestino), o tratamento cirúrgico torna-se inevitável e traz riscos adicionais devido ao histórico de operações anteriores.
Já o pior cenário envolveria uma obstrução severa com necrose intestinal, exigindo intervenção de urgência e possível retirada de parte do intestino. Esse tipo de situação pode levar a complicações graves como sepse (infecção generalizada) e longo período de recuperação. O acompanhamento de Bolsonaro deve envolver exames de imagem e observação contínua para definir os próximos passos com segurança.
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