O ex-vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Distrito Federal, Wilmar Lacerda, foi solto após três meses detido no Complexo Penitenciário da Papuda. Acusado de abuso sexual contra duas adolescentes de 13 e 17 anos, ele teve sua prisão preventiva revogada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e agora usará tornozeleira eletrônica enquanto responde ao processo.
O nome do político surgiu em meio a investigações sobre um empresário suspeito de aliciar e abusar de adolescentes em festas privadas. A defesa de Lacerda nega qualquer envolvimento e afirma que ele foi alvo de "instrumentalização política do sistema de justiça criminal". O caso segue sob segredo de Justiça.
A 3ª Turma Criminal do TJDFT concedeu um habeas corpus de forma unânime, argumentando que a decisão anterior teria sido baseada em uma "narrativa inverídica". O tribunal considerou que os elementos apresentados não justificavam a manutenção da prisão preventiva.
O PT ainda não se manifestou oficialmente sobre a soltura do ex-dirigente, mas já havia afastado Lacerda após sua prisão. O impacto do caso em sua trajetória política ainda é incerto.
Movimentos feministas e organizações de defesa dos direitos das mulheres ainda não divulgaram notas de repúdio sobre a decisão judicial. Entretanto, o caso já gerou debates nas redes sociais sobre a impunidade em crimes sexuais e o tratamento dado a figuras políticas envolvidas em escândalos do tipo.
Com a liberdade provisória, Lacerda segue sendo investigado e poderá enfrentar novas fases do processo, que pode definir seu futuro político e jurídico.
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