Após 484 dias sob o controle do Hamas, três reféns israelenses foram libertados na manhã deste sábado (horário local) como parte do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Yarden Bibas, Ofer Kalderon e Keith Siegel foram entregues à Cruz Vermelha e já estão em Israel, onde receberam atendimento médico e se reuniram com seus familiares.
Em contrapartida, Israel deve libertar 182 prisioneiros palestinos.
A libertação faz parte da primeira fase do acordo, iniciado em 19 de janeiro. Até agora, dez reféns israelenses e cinco tailandeses foram soltos. Apesar do avanço, o paradeiro de algumas vítimas permanece incerto, incluindo os filhos pequenos de Bibas, que o Hamas afirma terem morrido durante ataques israelenses, mas cujas mortes ainda não foram confirmadas.
Yarden Bibas, de 35 anos, foi sequestrado em 7 de outubro de 2023 no kibutz Nir Oz. Sua esposa, Shiri Bibas, e seus filhos, Ariel, de 4 anos, e Kfir, então com apenas 8 meses, também foram levados. O Hamas afirma que mãe e filhos morreram, mas Israel ainda não confirmou a informação.
Yarden foi libertado e levado a um hospital no centro de Israel, onde se reencontrou com o pai e a irmã.
Ofer Kalderon, 54 anos: Sequestrado no kibutz Nir Oz junto com seus filhos, Erez e Sahar, que foram soltos ainda em novembro de 2023. Carpinteiro e amante do mountain bike, Ofer passou dois aniversários no cativeiro antes de ser libertado.
Keith Siegel, 65 anos: Cidadão americano-israelense, foi sequestrado no kibutz Kfar Aza com sua esposa, Aviva, libertada em novembro de 2023. Em um vídeo divulgado pelo Hamas, Siegel apareceu chorando e demonstrando medo. Sua esposa relatou que os sequestradores o espancaram, quebrando suas costelas.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu celebrou as libertações e reiterou o compromisso de trazer todos os reféns de volta para casa. No entanto, o governo israelense ainda busca respostas sobre o paradeiro dos Bibas e de outros reféns cuja situação permanece incerta.
A troca de reféns segue sob tensão, e Israel já alertou que alguns dos sequestrados podem não ter sobrevivido ao cativeiro.
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