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Economia SELIC MAIS ALTA

Sem surpresas: Banco Central eleva Selic para 13,25% ao ano e reacende debate político

Comitê justifica alta pela inflação persistente, enquanto governo tenta minimizar impactos

29/01/2025 às 20h10 Atualizada em 30/01/2025 às 09h50
Por: Douglas Ferreira
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A elevação de Selic em 1% demonstra que Galípolo mesmo sob as bênçãos de Lula deve conduzir a política fiscal com o rigor necessário - Foto: Reprodução
A elevação de Selic em 1% demonstra que Galípolo mesmo sob as bênçãos de Lula deve conduzir a política fiscal com o rigor necessário - Foto: Reprodução

Na primeira reunião sob a gestão de Gabriel Galípolo, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros em um ponto percentual, levando a Selic de 12,25% para 13,25% ao ano. A decisão, amplamente antecipada pelo mercado, reflete a necessidade de conter uma inflação persistente e a deterioração das expectativas econômicas.

O que motivou o aumento?
O Banco Central justificou a decisão citando a resiliência da atividade econômica, pressões inflacionárias no mercado de trabalho e o aumento das projeções de inflação. A autoridade monetária também sinalizou que um novo ajuste da mesma magnitude pode ocorrer na próxima reunião, reforçando a postura contracionista da política monetária.

Impactos na economia e no bolso dos brasileiros
O aumento da Selic torna o crédito mais caro, dificultando financiamentos para empresas e consumidores. Setores como construção civil e comércio devem sentir os efeitos da desaceleração do consumo, enquanto o governo enfrentará maior custo para rolar a dívida pública. Por outro lado, a elevação dos juros pode atrair capital estrangeiro e conter a desvalorização do real.

Narrativa política: quem será o culpado agora?
A decisão coloca o governo Lula em uma posição desconfortável. Durante o primeiro ano de mandato, o presidente e aliados apontavam o então presidente do BC, Roberto Campos Neto, como responsável pelos juros elevados. Agora, com Gabriel Galípolo no comando da autarquia, o governo pode recorrer a justificativas como o cenário externo adverso ou dificuldades herdadas da gestão anterior.

Enquanto o mercado vê coerência na decisão do BC, o debate político deve se acirrar, com a esquerda tentando minimizar os impactos da alta dos juros e a oposição cobrando coerência no discurso do governo.

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A NOTÍCIA E O FATO
A NOTÍCIA E O FATO
Sobre Douglas Ferreira é multimídia. Além de jornalista, é bacharel em Direito. Foi repórter da TV Clube, afiliada da Rede Globo, por 10 anos e, em Caxias, no Maranhão, apresentou o programa “Fala Caxias”. Fundou e dirigiu por seis anos a Folha do Cocais. Foi secretário de Comunicação da Prefeitura de Caxias e retornou a Teresina como âncora da TV Meio Norte. Por 20 anos, reportou e apresentou na TV Antena 10, afiliada da Record. Também foi assessor de imprensa do Tribunal de Justiça do Piauí e passou por rádios e pelos maiores portais do Estado. Sua vida é o jornalismo. No Sistema Move de Comunicação, foi editor do Portal Move Notícias e apresentador do Business Cast, do canal movetvweb no YouTube. Agora, está à frente do Gazeta Hora1.
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