O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer, ainda neste ano, o implante contraceptivo hormonal Implanon, um método de longa duração que atua no organismo por até três anos. A decisão foi anunciada pelo Ministério da Saúde na reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), realizada nesta quarta-feira (2).
A portaria oficializando a inclusão será publicada nos próximos dias. Após isso, a previsão é de que o implante comece a ser distribuído nas unidades básicas de saúde (UBS) a partir do segundo semestre. O governo federal pretende distribuir 1,8 milhão de dispositivos — 500 mil deles ainda em 2025 — com investimento total estimado em R$ 245 milhões.
O Implanon é um método contraceptivo reversível, considerado mais eficaz que pílulas e injetáveis, por não depender do uso contínuo. Sua aplicação e retirada exigem profissionais capacitados, por isso o Ministério da Saúde irá promover treinamentos práticos e teóricos.
A iniciativa também está alinhada à meta de reduzir a mortalidade materna, especialmente entre mulheres negras, como parte dos compromissos assumidos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Atualmente, o único método de longa duração oferecido pelo SUS é o DIU de cobre. Com a chegada do Implanon, amplia-se a oferta de métodos LARC (contraceptivos reversíveis de longa ação), considerados seguros e altamente eficazes no planejamento reprodutivo.
O ministério reforça que apenas os preservativos masculino e feminino oferecem proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
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