A disputa por uma vaga na chapa governista para o Senado Federal promete acirrar os ânimos dentro da base do governador Rafael Fonteles (PT/PI). Com muitos partidos aliados e apenas duas vagas em jogo, a escolha dos candidatos tem gerado atritos e insatisfações.
Mesmo após Fonteles declarar publicamente apoio à reeleição de Marcelo Castro (MDB) e à candidatura do deputado federal Júlio César Lima (PSD), alguns correligionários ainda não aceitam a decisão. Entre os insatisfeitos está o deputado federal Flávio Nogueira (PT/PI), que reafirmou sua pré-candidatura ao Senado e questiona a legitimidade do anúncio feito pelo governador.
Para Flávio Nogueira, não há definição oficial dentro da base aliada e ainda será necessário um amplo debate para escolher os nomes que irão compor a chapa.
“Não existe nada certo, de ninguém. O bom é que seja assim, para que possamos sentar à mesa. Não se pode formar uma chapa antecipada, isso não existe, isso é imposição. E nem o governador fez isso, nem Wellington Dias fez isso no passado.”
O parlamentar tem buscado apoio dentro do Partido dos Trabalhadores e de outras siglas aliadas para fortalecer sua posição na disputa. Segundo ele, a decisão ainda pode ser revertida e qualquer movimento prematuro pode gerar mais turbulência dentro do grupo governista.
A indefinição da chapa tem provocado tensões nos bastidores da política piauiense. Em meados de fevereiro, Rafael Fonteles anunciou seu apoio a Castro e Lima, respaldando a escolha em uma reunião com aliados. Agora, com o crescimento das pressões internas, surge a dúvida: o governador manterá sua palavra ou será forçado a reconsiderar?
Com Flávio Nogueira insistindo na disputa e líderes de partidos menores também demonstrando interesse nas vagas, a formação da chapa ao Senado ainda deve render novos embates e desgastes políticos para o Palácio de Karnak.
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