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Política DENÚNCIA

Bolsonaro denuncia perseguição: “Preso ou morto serei um problema para o STF“

Bolsonaro reiterou que a anistia aos condenados pelos eventos de 8 de janeiro já conta com votos suficientes para avançar no Congresso

16/03/2025 às 16h25 Atualizada em 16/03/2025 às 16h38
Por: Douglas Ferreira
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O discurso de Bolsonaro foi para uma legião de apoiadores em Copacabana no Rio de Janeiro - Foto: Reprodução
O discurso de Bolsonaro foi para uma legião de apoiadores em Copacabana no Rio de Janeiro - Foto: Reprodução

Bolsonaro denuncia  perseguição: "Preso ou morto continuarei a ser um problema para o STF"

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a mobilizar multidões neste domingo (16), em um ato na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Diante de uma multidão de apoiadores, Bolsonaro fez um discurso contundente, denunciando o que chama de perseguição implacável do Supremo Tribunal Federal (STF) contra ele e seus aliados. Em tom desafiador, afirmou que, mesmo "preso ou morto", continuará sendo um "problema" para a Corte e para aqueles que buscam silenciá-lo.

Durante sua fala, Bolsonaro reiterou que a anistia aos condenados pelos eventos de 8 de janeiro já conta com votos suficientes para avançar no Congresso. Ele ressaltou a gravidade das penas impostas aos manifestantes, chamando atenção para o que considera uma injustiça cometida contra brasileiros de bem. “Se para eles, que são humildes, dá 17 anos de prisão, já sabemos que querem justificar 28 anos para mim. Mas não vou sair do Brasil, não vou fugir da luta”, declarou, sob aplausos da multidão.

Bolsonaro também abordou o caso de Cleriston Pereira da Cunha, um dos presos do 8 de janeiro que morreu na Penitenciária da Papuda. Ele denunciou as condições dos detentos, reafirmando que muitos patriotas tiveram que fugir do país para evitar a repressão do STF. Ao lado de familiares das vítimas da perseguição, ele garantiu que a anistia será uma vitória iminente: “Se Lula vetar, vamos derrubar o veto no Congresso”.

O ex-presidente também criticou duramente o ministro do STF, Alexandre de Moraes, responsabilizando-o pela censura durante a campanha de 2022 e por impedir que ele mostrasse fatos sobre o presidente Lula. Segundo Bolsonaro, o judiciário interferiu diretamente no processo eleitoral, comprometendo a democracia. Ele ainda questionou, mais uma vez, a legitimidade do resultado das urnas e citou o inquérito sigiloso 1.361, que permanece sob segredo de justiça.

O ato em Copacabana também serviu para projetar as próximas eleições. Bolsonaro incentivou seus apoiadores a elegerem uma maioria no Congresso Nacional para que possam alterar os rumos do país. Em tom de campanha, declarou: “O STF não vai derrotar o bolsonarismo. Se tivermos maioria na Câmara e no Senado, mudaremos os destinos do Brasil”.

O evento deixou clara a força política e a resiliência do ex-presidente, que segue mobilizando milhões de brasileiros contra o que chama de “ditadura judicial” imposta pelo STF. A batalha política está longe de acabar, e Bolsonaro demonstra que continuará na linha de frente, enfrentando seus adversários de peito aberto.

 

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