Hey Powers!
Neste domingo me peguei reflexiva sobre o consenso... Sabe, liderar pode se tornar um jogo perigoso quando todos à sua volta dizem apenas o que você quer ouvir. Pior ainda quando um time inteiro concorda com tudo, sem questionar, sem desafiar, sem discordar.
Se todo mundo está sempre na mesma página, pode apostar: ou tem gente calada engolindo o que realmente pensa, ou a equipe perdeu a ousadia de arriscar.
O consenso pode parecer o caminho mais seguro, mas, muitas vezes, ele é o maior inimigo da inovação e do crescimento. Empresas não quebram só por erros estratégicos, mas porque ninguém teve coragem de apontar o problema antes do colapso. É muito sobre aquela vontade grande de falar algo seguida pela compressão urgente de calar.
Fiquemos atentos... líderes não falham apenas por incompetência, mas também porque foram cercados de vozes que escolheram o silêncio ao invés da verdade.
Será que só as pessoas são parte do problema? Será se o erro pode estar no fluxo de processos? Na estrutura organizacional ou nos processos engessados? Quero pensar que o colaborador não performa mal porque quer, mas porque há barreiras invisíveis impedindo seu desempenho, talvez o time não entrega não porque é ineficiente, mas porque há um gargalo no sistema que precisa ser corrigido.
Se a equipe não tiver liberdade para apontar onde está o real problema — sem medo de represálias ou de parecer "negativa" —, a empresa perde a chance de evoluir. E pior: pode acabar punindo o profissional errado ou sufocando um setor que já está sobrecarregado, enquanto o verdadeiro gargalo continua emperrando o crescimento.
A cultura de uma equipe precisa ser forte o suficiente para permitir que alguém diga: "Essa ideia não vai funcionar", mesmo que isso signifique perder um projeto no qual investiram tempo e recursos. Da mesma forma, deve haver espaço para um líder ouvir: "O problema não está na equipe, mas no processo", sem que isso seja visto como desculpa.
Se um time tem medo de falar, não é um time — é um grupo de espectadores assistindo ao líder tomar decisões sozinho. E isso é perigoso.
O consenso pode ser um disfarce para um ambiente onde ninguém quer comprar uma briga. Mas as empresas que crescem são aquelas onde as pessoas têm coragem de apontar os verdadeiros gargalos — e os líderes têm inteligência para ouvi-los. É preciso reforar a anti-fragilidade!
Então, da próxima vez que sua equipe concordar demais, pergunte-se:
Estamos realmente alinhados ou só com medo de discordar?
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