O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) protocolou um requerimento para a criação da CPI das “Quentinhas Invisíveis” na Câmara dos Deputados. A comissão pretende investigar um contrato de R$ 5,6 milhões firmado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), comandado pelo ministro José Wellington Barroso de Araújo Dias, com a ONG Movimento Organizacional Vencer, Educar e Realizar (Mover Helipa), supostamente sem a entrega das refeições prometidas.
A denúncia levanta questões que ainda não foram respondidas pelo governo: Como R$ 5,6 milhões desapareceram sem que nenhuma quentinha fosse entregue? Por que um contrato desse porte não foi fiscalizado? Quando o ministro Wellington Dias soube do desvio e que providências tomou? Agiu antes ou depois de o caso vir à tona?
Corrupção em projetos sociais e ligações com o PT
A investigação aponta que a Mover Helipa não teria estrutura para produzir as refeições contratadas. Além disso, seu presidente, José Renato Varjão, trabalhou no gabinete do deputado petista Nilto Tatto (PT-SP) entre 2021 e 2022, levantando suspeitas sobre o direcionamento dos recursos públicos.
Tripudiando com a fome dos mais miseráveis
“Não podemos permitir que ONGs fantasmas façam farra com o dinheiro do povo”, criticou Chrisóstomo. “Cadê as quentinhas invisíveis? Para onde foi o dinheiro público?”
A pressão para a CPI está crescendo. Até a noite de sexta-feira (14), 60 deputados já haviam assinado a petição. Para que a comissão seja instalada, são necessárias 171 assinaturas. Enquanto isso, o Tribunal de Contas da União (TCU) já recomendou a suspensão dos repasses à ONG envolvida.
O governo sabia?
O MDS, liderado pelo senador piauiense Wellington Dias, se limitou a dizer que os pagamentos foram suspensos. Mas essa resposta não elimina os questionamentos. O ministério tomou essa decisão por conta própria ou apenas depois da denúncia se tornar pública?
A corrupção voltou!
A CPI das Quentinhas Invisíveis pode se tornar um novo pesadelo para o governo Lula, que já enfrenta uma crise de popularidade e um histórico de escândalos de corrupção. Se instalada, a comissão terá o condão de convocar ministros, quebrar sigilos e trazer à tona o que realmente aconteceu com os milhões de reais que deveriam alimentar os mais pobres e mais miseráveis – mas que, ao que tudo indica, simplesmente desapareceram, escafederam-se.
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