O presidente Lula da Silva deve desembarcar no Piauí em fevereiro para anunciar novos investimentos e participar da inauguração de obras ao lado do governador Rafael Fonteles. Mas o que, de fato, o governo federal tem para inaugurar no Estado? A visita será um ato administrativo ou o pontapé inicial de uma ofensiva para recuperar sua credibilidade, abalada por índices de aprovação cada vez mais críticos?
A confirmação da presença de Lula veio após uma reunião no Palácio de Karnak com deputados petistas e o ministro Wellington Dias. O encontro, além de alinhar pautas de governo, deixou evidente a preocupação com as eleições de 2026, reforçando o tom político da agenda presidencial.
O governo fala em novos investimentos em infraestrutura e transformação digital, mas a realidade é que muitas promessas seguem no papel. Na última visita de Lula ao Piauí, em junho de 2024, anúncios semelhantes foram feitos, sem que grandes entregas tenham ocorrido desde então. A ausência de obras concretas levanta dúvidas sobre o real impacto dessa nova viagem.
Mais do que uma visita administrativa, a vinda de Lula ao Piauí pode marcar o início de sua peregrinação pelo Nordeste em busca da recuperação de sua popularidade. Com pesquisas indicando uma erosão no apoio à sua gestão, especialmente entre o eleitorado nordestino, o presidente parece apostar em uma estratégia de proximidade para tentar conter o desgaste. Resta saber se a população verá nessa movimentação um gesto real de compromisso ou apenas mais um movimento de marketing político.
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