O governo brasileiro enviou uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar líderes de 13 delegações caribenhas à Cúpula Brasil-Caribe, realizada em 13 de junho, em Brasília. Segundo o Itamaraty, a medida teve o objetivo de assegurar maior participação dos representantes, já que muitos países da região não possuem aeronaves oficiais nem conexões comerciais diretas com o Brasil.
O voo da FAB passou por três cidades para buscar os representantes: Nassau (Bahamas), Porto de Espanha (Trinidad e Tobago) e Georgetown (Guiana). Entre os participantes estavam delegações de países como Barbados, Haiti, Jamaica, além da Comunidade do Caribe (Caricom) e da Associação dos Estados do Caribe. No total, cerca de 16 representantes participaram do encontro, incluindo presidentes, vices e ministros.
Além do transporte, o governo brasileiro ofereceu hospedagem em suítes executivas aos chefes de delegação, como é praxe em eventos diplomáticos de alto nível. A ação segue precedentes anteriores, como a edição da cúpula de 2010, também no governo Lula, e a visita do presidente da Guiné-Bissau em 2021, quando um avião da FAB foi usado por razões diplomáticas e humanitárias.
Durante a cúpula, o presidente Lula defendeu maior envolvimento da ONU na crise do Haiti, que hoje tem cerca de 80% da capital sob controle de facções. O Brasil anunciou uma doação de US$ 5 milhões ao Banco de Desenvolvimento do Caribe, com foco em projetos climáticos, combate à pobreza e educação. A iniciativa contrasta com a recente polêmica envolvendo a repatriação do corpo da brasileira Juliana Marins, cuja negativa inicial gerou críticas e levou o governo a mudar o decreto que restringia o uso de aviões oficiais para esse tipo de operação.
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