No Brasil, parece que todo dinheiro do mundo é pouco para governos de esquerda. E o Piauí, sob a gestão de Rafael Fonteles, segue essa lógica à risca. O Estado vem registrando aumentos substanciais de arrecadação, impulsionados pela elevação de alíquotas, criação de novos impostos e aumento da carga tributária. Mesmo assim, o governo continua pedindo dinheiro emprestado a rodo, em nome de investimentos em saúde, educação e infraestrutura - a ladainha de sempre. As desculpas de sempre.
Nos bastidores da política piauiense, cresce o questionamento sobre a real capacidade do Estado de honrar essas dívidas bilionárias. Os empréstimos contratados estão com parcelas pagas? Estão em dia? O governo não responde com clareza. E a preocupação só aumenta.
O grande temor da oposição é ver o Estado, com os cofres cheios por conta dos empréstimos, às vésperas de uma eleição, usando esse dinheiro como ferramenta de favorecimento político. Seria um risco grave - e previsível. Todo governo, por natureza, é perdulário. E o medo de perder o poder costuma ser um convite para a irresponsabilidade fiscal.
Apesar da chuva de recursos, o que o cidadão vê nas ruas é decepcionante:
Estradas seguem esburacadas e intransitáveis.
A educação não melhora.
E a saúde pública segue na UTI, e sem prazo de alta.
A pergunta é inevitável: para onde está indo tanto dinheiro? Os números são altos, os anúncios são pomposos, mas a realidade da população continua difícil e atrasada.
Até agora:
Nada de 80 mil novos empregos prometidos.
Nenhuma grande empresa chegou.
O hidrogênio verde segue no mundo das ideias.
E o tão falado porto de Luís Correia, já consumindo centenas de milhões, segue como miragem de propaganda. Nem um entreposto pesqueiro o Piauí tem.
O Piauí real continua muito diferente do Piauí do marketing oficial. E nesse quesito, o governo Rafael Fonteles supera até o do "Índio", com campanhas publicitárias mais agressivas e menos entregas concretas.
O caminho escolhido por Rafael Fonteles pode até gerar crescimento... mas como rabo de cavalo: para baixo. Porque crescer endividando o Estado mais pobre da Federação, sem uma estratégia sólida de pagamento, é uma política insustentável e perigosa.
E pior: se os recursos emprestados forem usados com fins eleitorais, para alavancar candidatos aliados em 2026, o Piauí pagará a conta dessa imprudência por muitos anos. As futuras gerações estão condenadas.
Mais do que obras de papel, o Piauí precisa de responsabilidade fiscal, entrega concreta e respeito ao dinheiro público.
É muito empréstimo, muita arrecadação e muito blá-blá-blá - e pouca entrega de verdade.
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