O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a surpreender os brasileiros com mais um gesto de generosidade internacional às custas do contribuinte. Durante a Cúpula Brasil-Caribe, realizada em Brasília, Lula anunciou um aporte de US$ 5 milhões (cerca de R$ 27 milhões) ao Fundo Especial de Desenvolvimento do Banco de Desenvolvimento do Caribe (CDB). A doação, segundo ele, será destinada a “países mais vulneráveis da região”. A pergunta que fica é: e o Brasil, não é vulnerável?
Enquanto faltam investimentos para combater a fome no sertão, garantir leitos hospitalares e reduzir a carga tributária que sufoca o trabalhador e o empresário, o governo prefere investir recursos públicos no exterior. Não se trata de negar solidariedade internacional, mas de lembrar que a prioridade de qualquer presidente deve ser seu povo — e o povo brasileiro enfrenta dificuldades reais todos os dias.
A decisão de Lula se soma a outras iniciativas que levantam dúvidas sobre sua gestão financeira, como os gastos de R$ 1,2 bilhão na chamada “nuvem soberana”, mesmo com opções mais baratas no mercado. Tudo isso ocorre sem a devida transparência e sem uma análise clara de custo-benefício. Parece que a sede de protagonismo internacional está se sobrepondo à responsabilidade fiscal e à sensatez administrativa.
Além disso, o presidente se colocou à disposição para auxiliar em eleições no Haiti e reiterou apoio irrestrito a Cuba, país condenado internacionalmente por violações aos direitos humanos. Para muitos, o discurso de Lula soa mais ideológico do que pragmático, especialmente quando acompanhado de cheques assinados com dinheiro do povo brasileiro.
É preciso cobrar responsabilidade. O Brasil vive um momento delicado, com rombos fiscais, alta de preços e insegurança alimentar. Doar milhões ao Caribe enquanto a população enfrenta dificuldade para encher o carrinho de supermercado é, no mínimo, um gesto de insensibilidade e inversão de prioridades.
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