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Cachaça brasileira cresce em 2024, mas exportações recuam

Anuário do setor mostra aumento de produtores e produtos no país, com destaque para o Ceará, mas revela queda nas vendas internacionais da bebida

08/06/2025 às 12h23 Atualizada em 10/06/2025 às 08h34
Por: Wagner Albuquerque
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Foto: Reprodução
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O setor da cachaça teve um ano de expansão em 2024, com aumento no número de produtos e de estabelecimentos produtores no Brasil. Segundo o Anuário da Cachaça 2025, elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o país passou a contar com 7.223 registros de cachaça — 20,4% a mais que em 2023 — e 1.266 produtores, um crescimento de 4%. Os dados foram divulgados no fim de maio, com apoio do Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC).

A maior concentração de produtores segue no Sudeste, com 65,4% dos registros nacionais. Minas Gerais lidera, com 501 estabelecimentos, seguido por São Paulo (179) e Espírito Santo (81). O destaque ficou com o Ceará, que saltou de 34 para 47 produtores, liderando o crescimento percentual no país. Viçosa do Ceará superou Salinas (MG) em número de produtores e agora é a cidade com mais estabelecimentos no setor. Salinas, no entanto, segue com o maior número de produtos registrados: 292.

A produção total de cachaça no Brasil também avançou, alcançando 292,4 milhões de litros — alta de quase 30% em relação ao ano anterior. Apesar disso, o IBRAC alerta que os dados ainda podem conter subnotificações, pois esta é apenas a segunda edição do anuário feita com base em um novo sistema de coleta de informações.

Por outro lado, a exportação da cachaça teve desempenho negativo. O volume exportado caiu 22,7%, totalizando 6,6 milhões de litros, o segundo menor da série histórica. Em valor, a retração foi de 28,1%. Os Estados Unidos seguem como principal mercado em valor (US$ 3,5 milhões), embora o Paraguai tenha liderado em volume. Já Trinidad e Tobago importou apenas um litro da bebida, no valor simbólico de US$ 11.

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