Enquanto o trabalhador aperta o cinto e o pequeno empresário luta para manter portas abertas, o governo Lula acelera no sentido oposto, promovendo um verdadeiro festival de gastos públicos que pode custar aos cofres da União nada menos que R$ 100 bilhões apenas em 2025. O alerta vem de ninguém menos que o economista Paulo Rabello de Castro, ex-presidente do BNDES e do IBGE, e uma das vozes mais respeitadas da área.
O chamado “custo Lula”, como batizou Rabello, não inclui os já escandalosos R$ 169 bilhões liberados na famigerada “PEC Fura-Teto” - o cheque em branco que o Congresso entregou ao petista ainda na transição de governo. Tampouco considera os juros da dívida pública, que sozinhos já devoram mais de R$ 700 bilhões ao ano. Estamos falando de gastos além do equilíbrio primário, ou seja, acima da arrecadação, que comprometem o presente e colocam em risco o futuro do país.
Até abril, o governo já havia torrado R$ 72,5 bilhões desses "excedentes", e o ano nem chegou à metade.
O retrato é claro: um governo cada vez mais inchado, aparelhado e perdulário. O número recorde de ministérios (hoje são 38!) e milhares de cargos comissionados criados para agradar aliados políticos custam caro. Programas sociais expandidos sem critério de controle, repasses bilionários a Estados e municípios, favores políticos disfarçados de “investimento público”. Tudo isso financiado com dinheiro do contribuinte - o mesmo que enfrenta juros abusivos, inflação persistente e serviços públicos cada vez mais precários.
A equação parece simples: quanto mais cai a aprovação de Lula nas pesquisas, maior é a tentação do Planalto em abrir os cofres para tentar comprar apoio - seja nas urnas, seja no Congresso. Trata-se de um padrão de governança baseado em dependência e manipulação política, não em responsabilidade fiscal ou compromisso com o futuro do país.
Enquanto isso, obras de infraestrutura seguem abandonadas, a reforma tributária patina, e a educação básica amarga resultados pífios. O crescimento econômico estagna, a confiança empresarial despenca e o investimento externo observa, desconfiado, o descontrole fiscal de um governo que parece mais preocupado com seus interesses de sobrevivência política do que com o bem-estar do povo.
Ao insistir nesse caminho, o governo Lula sabota as próprias bases do desenvolvimento nacional. O “custo Lula” não é apenas financeiro - é social, político e moral. É o custo de um Brasil que continua preso a ciclos de populismo, improviso e irresponsabilidade. Um país que trabalha, produz, paga impostos - e assiste, impotente, seus governantes desperdiçarem bilhões em nome de um projeto de poder.
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