A Polícia Federal (PF) abriu um chamamento público para receber veículos emprestados de empresas privadas por meio de um contrato de comodato, ou seja, um empréstimo gratuito por tempo determinado. Em contrapartida, as companhias terão suas marcas e modelos expostos em missões oficiais de escolta de autoridades e grandes eventos nacionais e internacionais. O contrato inicial é de um ano, com possibilidade de prorrogação por até uma década.
Segundo o estudo técnico que acompanha o edital, a medida visa suprir uma carência da frota atual da corporação, considerada insuficiente para atender todas as regiões do país. O resultado do chamamento será divulgado até o dia 9 de julho. A PF esclarece que os veículos devem ter preferencialmente cor preta, mas também serão aceitos automóveis em tons sóbrios, como cinza.
Serão aceitos dez tipos de veículos, com propulsão elétrica, híbrida ou a combustão, incluindo modelos como sedans, SUVs (blindados ou não), hatchs e picapes 4x4. A corporação afirma que as demandas operacionais exigem características variadas, como tração em terrenos irregulares e proteção blindada, dependendo do tipo de missão. A PF poderá aceitar mais de um carro por modelo, sem limite máximo de unidades.
No levantamento que fundamenta a decisão, a PF afirma que já adquiriu viaturas blindadas por R$ 315 mil cada, mas que o número ainda é insuficiente. A alternativa do aluguel foi descartada devido ao alto custo: diárias médias acima de R$ 2 mil. Assim, o comodato foi considerado a opção mais econômica e ágil para ampliar a frota sem grandes impactos no orçamento público.
O modelo, embora ainda pouco comum no setor público, já foi adotado por outros órgãos. Em 2024, o Tribunal de Contas da União firmou contrato com a fabricante chinesa BYD para o empréstimo de veículos elétricos. Já em 2019, no início do governo Bolsonaro, a Presidência da República recebeu oito Jeeps Compass da Fiat Chrysler para uso oficial.
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