Francisco Galeno, conhecido artisticamente como Galeno, foi um dos grandes nomes das artes plásticas brasileiras, com uma trajetória marcada por cores vibrantes, formas geométricas e uma profunda conexão com a cultura popular nordestina. Nascido no Piauí, ele faleceu nesta segunda-feira (2), aos 68 anos, em Parnaíba (PI), cidade onde nasceu e para onde retornou após muitos anos de atuação artística em Brasília. Ele lutava contra um câncer e, segundo familiares, também se recuperava de um quadro de dengue. Foi encontrado sem vida em seu ateliê, onde morava e trabalhava.
Francisco Galeno foi um artista plástico reconhecido por seu estilo único e por levar a estética popular brasileira - especialmente nordestina - para o circuito nacional e internacional da arte contemporânea. Ele cresceu no litoral do Piauí, mas foi em Brasília que consolidou sua carreira. Galeno viveu por muitos anos em Brazlândia, onde também mantinha um ateliê que se tornou um polo de arte e cultura.
A arte de Galeno era marcada por:
Uso expressivo de cores vibrantes, remetendo às festas populares, ao folclore e ao calor do Nordeste.
Formas geométricas combinadas com elementos da arte naïf (uma corrente artística que se caracteriza por sua espontaneidade, simplicidade e liberdade de expressão).
Referências religiosas e culturais populares, como sua célebre Via Sacra na Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima, na Asa Sul, em Brasília.
Estilo simbólico e afetivo, mesclando o sagrado e o cotidiano com uma visão poética do mundo.
Galeno teve uma carreira sólida, com exposições em várias capitais brasileiras e também no exterior. Seus trabalhos já foram exibidos em:
Museus e galerias de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e outras capitais.
Exposições internacionais, principalmente na Europa, onde seu estilo foi bem recebido.
Muitas de suas obras integram coleções privadas e públicas, além de espaços religiosos, culturais e institucionais.
Embora a causa oficial da morte ainda não tenha sido detalhada publicamente, sabe-se que Galeno:
Lutava contra um câncer, o que fragilizou sua saúde nos últimos tempos.
Estava convalescendo de dengue, o que pode ter agravado seu estado clínico, conforme relatos de familiares.
A morte de Galeno representa uma perda imensa:
Para o Piauí, ele era um dos maiores expoentes culturais do estado, símbolo de uma identidade artística que unia tradição e contemporaneidade.
Para o Brasil, Galeno deixa um legado de brasilidade traduzida em telas e instalações que celebram o colorido, o simbólico e o humano.
Sua obra continua viva, inspirando novos artistas e sendo referência na arte popular sofisticada, que transita entre o erudito e o intuitivo com sensibilidade rara.
A partida de Francisco Galeno deixa um vazio na arte brasileira, mas também um patrimônio que seguirá falando por ele - com cor, luz e emoção.
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