Pela primeira vez em um primeiro trimestre do ano, a Apple alcançou a liderança mundial nas vendas de smartphones, com 19% de participação no mercado global, segundo dados da consultoria Counterpoint. A posição inédita foi impulsionada pelo lançamento do iPhone 16e e pelo crescimento expressivo da empresa em mercados emergentes como Índia, Sudeste Asiático e África. Enquanto isso, rivais como Samsung e Xiaomi ficaram com 18% e 14% do mercado, respectivamente.
Tradicionalmente, a Apple tem seu melhor desempenho no quarto trimestre, após os lançamentos anuais de novos modelos. No entanto, a chegada do iPhone 16e em fevereiro quebrou esse padrão. Mesmo com um preço de US$ 599 nos Estados Unidos e R$ 5.799 no Brasil, o aparelho se destacou como uma opção mais acessível e se tornou o iPhone mais barato com acesso ao Apple Intelligence. Com isso, a empresa registrou aumento de dois dígitos em regiões fora do seu foco habitual, apesar da estabilidade ou queda nos EUA, Europa e China.
Enquanto isso, a Samsung, que costuma liderar as vendas no início do ano, ficou em segundo lugar e viu suas remessas caírem 5% em relação ao mesmo período de 2024. A linha Galaxy S25 enfrentou um início lento, mas a versão Ultra ajudou a manter os números. Já a Xiaomi manteve seu crescimento, com destaque para sua atuação no mercado chinês e a sinergia com o setor de carros elétricos, que reforçou a imagem da marca.
Outras fabricantes também mostraram desempenho relevante. A chinesa Vivo, sem relação com a operadora brasileira, teve crescimento de 6% e agora responde por 8% do mercado, mesmo percentual da Oppo, que apresentou queda de 1% em unidades entregues. Entre as demais marcas, a Huawei se destacou na liderança do mercado chinês, enquanto Honor e Motorola cresceram em regiões específicas. Ainda segundo a Counterpoint, o setor deve enfrentar retração em 2025, afetado por incertezas econômicas e medidas protecionistas, como o “tarifaço” anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
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