O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 1,31% em fevereiro, impulsionado pelo aumento da energia elétrica. Esse é o maior avanço para o mês desde 2003 e levou a inflação acumulada em 12 meses para 5,06%, acima do teto da meta de 4,5% ao ano.
Com a inflação persistente, os juros tendem a subir, tornando créditos e financiamentos mais caros. Isso impacta diretamente o consumo e os investimentos, além de dificultar a recuperação da economia. O trabalhador sentirá no bolso o aumento dos preços de bens essenciais, enquanto salários tendem a perder poder de compra.
Analistas esperam que o Banco Central eleve a taxa Selic para 14,25% ao ano na próxima reunião do Copom, podendo atingir até 15% até o final do ano. O objetivo é conter a alta dos preços, mas isso também pode frear o crescimento econômico.
A inflação deve continuar elevada no curto prazo, com projeções de fechar o ano entre 5,5% e 6%. O governo lançou medidas como a redução de impostos para alimentos essenciais, mas analistas alertam que fatores externos, como o cenário fiscal e a economia global, podem manter os preços pressionados.
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