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Inflação de fevereiro sobe 1,31% e pressiona Banco Central a elevar juros

Com alta da energia elétrica e gasolina, IPCA acumula 5,06% em 12 meses e pode levar Selic a 15% até o fim do ano

13/03/2025 às 05h44 Atualizada em 13/03/2025 às 08h24
Por: Douglas Ferreira
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A energia elétrica foi a grande vilã inflacionária em fevereiro - Foto: Reprodução
A energia elétrica foi a grande vilã inflacionária em fevereiro - Foto: Reprodução

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 1,31% em fevereiro, impulsionado pelo aumento da energia elétrica. Esse é o maior avanço para o mês desde 2003 e levou a inflação acumulada em 12 meses para 5,06%, acima do teto da meta de 4,5% ao ano.

Reflexos no mercado e na vida do trabalhador

Com a inflação persistente, os juros tendem a subir, tornando créditos e financiamentos mais caros. Isso impacta diretamente o consumo e os investimentos, além de dificultar a recuperação da economia. O trabalhador sentirá no bolso o aumento dos preços de bens essenciais, enquanto salários tendem a perder poder de compra.

Tendência dos juros e próximas decisões do Copom

Analistas esperam que o Banco Central eleve a taxa Selic para 14,25% ao ano na próxima reunião do Copom, podendo atingir até 15% até o final do ano. O objetivo é conter a alta dos preços, mas isso também pode frear o crescimento econômico.

Principais fatores que impulsionaram a inflação

  • Energia elétrica: subiu 16,8%, impactando diretamente o IPCA.
  • Gasolina: aumento de 2,78% devido à alta do ICMS.
  • Mensalidades escolares: reajustes anuais impulsionaram o índice.
  • Alimentos: ainda sobem, mas desaceleraram (0,7% em fevereiro).

O que esperar nos próximos meses?

A inflação deve continuar elevada no curto prazo, com projeções de fechar o ano entre 5,5% e 6%. O governo lançou medidas como a redução de impostos para alimentos essenciais, mas analistas alertam que fatores externos, como o cenário fiscal e a economia global, podem manter os preços pressionados.

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