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Cultura MISTÉRIO REVELADO

Mistério milenar: Egito revela a descoberta da primeira tumba faraônica em mais de um século

Pesquisadores do Egito e do Reino Unido identificam a tumba perdida do rei Tutmés II, tornando-se a primeira tumba faraônica real descoberta desde 1922

20/02/2025 às 07h51 Atualizada em 20/02/2025 às 10h47
Por: Douglas Ferreira Fonte: Com infornações CNN
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Múmia do faraó Tutmés II exposta no Museu Nacional da Civilização Egípcia - Foto: Reprodução
Múmia do faraó Tutmés II exposta no Museu Nacional da Civilização Egípcia - Foto: Reprodução

A espera finalmente acabou. Após mais de um século de buscas incansáveis, arqueólogos do Egito e do Reino Unido anunciaram a descoberta da tumba faraônica do rei Tutmés II, um dos grandes governantes da 18ª dinastia egípcia. O achado histórico, revelado na terça-feira (18), foi localizado a oeste do Vale dos Reis, próximo à cidade de Luxor. Trata-se da primeira tumba real descoberta desde a do lendário rei Tutancâmon, em 1922 – um feito que promete reescrever os livros de história e reacender o fascínio mundial pelo Egito Antigo.

A identificação da tumba foi possível graças à análise de vasos de alabastro encontrados no local, gravados com o nome do faraó e de sua esposa, a rainha Hatshepsut. Além disso, arqueólogos descobriram fragmentos de mobília funerária e inscrições religiosas, confirmando que o local pertencia ao enigmático Tutmés II, que governou o Egito até 1479 a.C.

Uma descoberta que reescreve a história da arqueologia egípcia

A tumba de Tutmés II era a última dos reis da 18ª dinastia egípcia ainda não encontrada, o que fazia dela um dos maiores mistérios da arqueologia. Esse período, um dos mais prósperos da história do Egito, foi marcado pela expansão territorial e pelo florescimento cultural. Tutmés II, apesar de ter governado por um curto período, esteve no centro de eventos que moldaram a história egípcia, incluindo a ascensão de sua esposa, Hatshepsut, ao trono – uma das poucas mulheres faraós.

Entrada do túmulo do faraó Tutmés II, que governou o Egito há três mil e quinhentos anos - Foto: Reprodução

A última vez que uma tumba faraônica real havia sido encontrada foi em 1922, quando Howard Carter revelou ao mundo os tesouros intactos de Tutancâmon. Agora, um século depois, essa nova descoberta pode fornecer informações cruciais sobre as práticas funerárias da época e revelar mais sobre a vida e o governo de Tutmés II.

Como arqueólogos identificaram a tumba perdida

A identificação da tumba faraônica de Tutmés II foi possível graças a uma série de pistas arqueológicas encontradas no local. Vasos de alabastro finamente esculpidos e gravados com o nome do faraó e de sua rainha foram as primeiras evidências que direcionaram os pesquisadores. Além disso, pedaços de sua mobília funerária foram descobertos, junto com fragmentos de argamassa cobertos por inscrições azuis, estrelas amarelas e escritos religiosos.

Esses achados foram cruciais para que os arqueólogos confirmassem a identidade do local. A presença do nome de Hatshepsut nas inscrições reforça a importância dessa descoberta, já que a rainha é uma das figuras mais notáveis da história egípcia, tendo governado como faraó por mais de duas décadas.

Equipe de pesquisadores do Reio Unido e Egito, que encontrou a tumba de Tutmés II - Foto: Reprodução

O estado de conservação da tumba faraônica e os desafios da recuperação

Apesar da empolgação com a descoberta, os especialistas alertam que o estado de conservação da tumba faraônica de Tutmés II é preocupante. O Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito revelou que o túmulo sofreu danos significativos devido a inundações que ocorreram logo após a morte do faraó. Como resultado, grande parte de seu conteúdo original foi removida ao longo dos séculos, restando apenas vestígios de sua grandiosidade.

Atualmente, arqueólogos e restauradores trabalham para preservar o que ainda pode ser salvo, utilizando tecnologia de ponta para analisar fragmentos e reconstruir digitalmente partes da tumba. O desafio é enorme, mas a esperança é que esse achado possa revelar novos detalhes sobre a vida e morte dos faraós da 18ª dinastia.

O Egito e o impacto desta descoberta para o turismo e a história

A descoberta da tumba faraônica de Tutmés II representa um marco não apenas para a arqueologia, mas também para o turismo egípcio. Nos últimos anos, o Egito tem investido fortemente na preservação e promoção de seu patrimônio histórico, buscando atrair visitantes de todo o mundo. Essa nova descoberta pode se tornar um dos maiores atrativos para turistas e pesquisadores interessados na grandiosa civilização do Antigo Egito.

Comparada à tumba de Tutancâmon, que surpreendeu o mundo com seu tesouro intacto, a tumba de Tutmés II pode não conter riquezas tão bem preservadas, mas sua importância histórica é inegável. A cada novo fragmento encontrado, os arqueólogos se aproximam de um entendimento mais profundo sobre os mistérios do Egito Antigo.

A missão agora é continuar as escavações e, quem sabe, revelar novos segredos enterrados há milênios. Para os entusiastas da arqueologia e da história, essa descoberta reafirma que o Egito ainda guarda muitos mistérios esperando para serem desvendados.

 

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