Pela primeira vez na história, o número de brasileiros que não leu nenhum livro nos últimos três meses superou o de leitores. A tendência reflete um fenômeno global: a queda no índice de leitura, impulsionada por fatores como falta de tempo e o crescimento do consumo de conteúdo digital.
Quase metade dos entrevistados (46%) afirmam que não leem por conta da rotina corrida. Além disso, a quantidade de pessoas que dizem gostar de ler no tempo livre caiu de 24% para 20% na última década. No mesmo período, o percentual de indivíduos que utilizam a internet no tempo livre saltou de 47% para 78%.
Apesar de a taxa de alfabetização no Brasil ter atingido 93%, metade dos jovens entre 15 e 16 anos não alcança o nível básico de leitura, sendo considerados analfabetos funcionais. Ainda assim, o brasileiro lê, em média, 4,7 livros por ano — um número ligeiramente superior à média global de três livros anuais.
A mudança nos hábitos de leitura levanta debates sobre os desafios da educação e o impacto das novas tecnologias no consumo de informação. Especialistas alertam para a importância da leitura na formação do pensamento crítico e no desenvolvimento cognitivo, enquanto plataformas digitais disputam cada vez mais a atenção do público.
Confira detalhes da pesquisa:
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