A princípio, pode parecer estranho ver brasileiros deportados dos Estados Unidos chegarem ao Brasil algemados e acorrentados. No entanto, analisando a situação com cuidado, é possível compreender a razão desse procedimento. Em muitos casos, essas pessoas cometeram crimes em solo americano ou, mesmo sem antecedentes, estão sendo removidas à força, o que pode gerar riscos durante o voo.
Nos Estados Unidos, o uso de algemas em deportações é um procedimento padrão. As autoridades justificam a medida como necessária para evitar brigas, tumultos ou até mesmo tentativas de sequestro da aeronave. Apesar de parecer extremo, trata-se de um recurso preventivo que visa proteger os passageiros, a tripulação e até mesmo os próprios deportados.
É importante lembrar que, ainda que nem todos os deportados tenham cometido crimes, a tensão emocional desse tipo de situação é suficiente para justificar precauções extras. Afinal, transportar pessoas que estão sendo expulsas de um país não é uma tarefa simples e exige medidas que garantam a segurança de todos a bordo.
O Itamaraty questionou a prática, alegando possível violação de acordos internacionais. No entanto, é difícil desconsiderar o fato de que as autoridades americanas estão lidando com um cenário que envolve tanto questões de segurança quanto de legislação local. Na prática, as algemas não representam um julgamento moral, mas uma ferramenta para evitar problemas durante o trajeto.
Concordo que o procedimento pode causar desconforto, mas é preciso pensar na lógica por trás dele. Em tempos de voos lotados e tensões internacionais crescentes, as medidas de segurança devem prevalecer. Afinal, quando o assunto é a segurança de um voo, prevenir é sempre melhor do que remediar.
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