Um influenciador causou polêmica nas redes sociais ao usar uma AirTag da Apple para rastrear um par de tênis doado à Cruz Vermelha da Baviera, na Alemanha. O TikToker @moe.haa escondeu o dispositivo na sola do calçado e jogou-o em um contêiner da instituição. Dias depois, os sapatos reapareceram em um brechó na Bósnia, à venda com etiqueta de preço. Moe então viajou até o local para comprar de volta os próprios tênis e confrontar a loja, que negou qualquer relação com doações.
O vídeo viralizou e gerou indignação entre internautas, que questionaram o destino real de suas doações. Muitos acreditavam que as peças seriam entregues diretamente a pessoas necessitadas. A repercussão levou a Cruz Vermelha a publicar um vídeo explicando que apenas parte das roupas doadas é destinada à doação direta. A maior parte é revendida, reciclada ou reaproveitada para gerar recursos destinados a ações sociais, como abrigos, bancos de alimentos e apoio a idosos.
Segundo a instituição, a prática é transparente e documentada em seu site oficial. A Cruz Vermelha Alemã afirma que recebe entre 70 mil e 80 mil toneladas de roupas usadas por ano, mas que apenas 4 mil a 5 mil toneladas vão diretamente para pessoas em situação de vulnerabilidade. O restante, mesmo quando em boas condições, é vendido para financiar a própria estrutura de assistência social.
O experimento de Moe escancarou o desconhecimento de parte da população sobre a logística de doações e provocou discussões importantes sobre transparência e confiança nas instituições humanitárias. O vídeo original foi removido, mas o influenciador publicou uma segunda parte explicando o contexto e repercutindo a resposta da Cruz Vermelha.
Confira o vídeo:
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