A instauração do inquérito no Supremo Tribunal Federal, sob relatoria do ministro Dias Toffoli, escancara o que venho denunciando há meses: o esquema de fraudes no INSS ultrapassa o desvio por associações de fachada e alcança a cumplicidade ativa de bancos e agentes do sistema financeiro. Já existem indícios robustos de que instituições bancárias, sob a justificativa de “serviços conveniados”, operaram descontos sistemáticos e ilegais em milhões de aposentadorias, beneficiando-se diretamente da fragilidade institucional do controle público. É imperativo que o Banco Central do Brasil se manifeste imediatamente, iniciando auditorias e suspendendo, cautelarmente, o direito de operação dessas instituições nos consignados até que se apure a responsabilidade. O silêncio do Banco Central nesse momento configura omissão grave e comprometedora.
Ontem mesmo, como advogado e defensor dos aposentados lesados, protocolei apelação nos autos da Ação Popular nº 1003271-54.2025.4.01.4000, depois que a juíza federal extinguiu o processo sem que o Ministério Público sequer se manifestasse uma omissão inadmissível. No recurso, apontei a estranheza desse arquivamento precoce, deixei claro que buscarei a responsabilização funcional da magistrada e destaquei que a suspensão determinada pelo STF, se vier, jamais pode anular o dever de apurar e reparar o dano coletivo já causado aos idosos.
É inaceitável que o governo federal tente suspender, por meio de manobras judiciais, todas as ações em curso na Justiça Federal sobre o tema. Isso revela uma tentativa clara de encobrir uma máfia institucionalizada que dilapidou recursos dos mais vulneráveis. Exijo, como cidadão e jurista, que a CPI do INSS avance com independência, que os Tribunais Federais atuem com isenção, e que a sociedade mantenha vigilância total. Trata-se de um dos maiores escândalos financeiros contra o povo brasileiro e não aceitaremos silêncio, conivência ou BLINDAGEM
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