Desde o início das medições em 1831, o polo magnético norte da Terra já se deslocou cerca de 965 quilômetros. Nos últimos anos, esse movimento ganhou velocidade, atingindo atualmente cerca de 55 quilômetros por ano, o que tem despertado questionamentos sobre uma possível inversão dos polos magnéticos no futuro.
De acordo com geólogos, o fenômeno é causado pelas dinâmicas do núcleo externo da Terra, composto por ferro e níquel derretidos. O registro geológico indica que o planeta já passou por 171 inversões completas dos polos magnéticos, sendo a última há 781 mil anos. Embora o processo completo possa levar séculos, o período de maior instabilidade ocorre durante o enfraquecimento do campo magnético.
Diferente de períodos anteriores, a atual sociedade tecnológica poderia enfrentar grandes desafios durante uma inversão. Sistemas de navegação, satélites, redes elétricas e equipamentos eletrônicos sensíveis estariam vulneráveis ao aumento da exposição aos raios cósmicos, exigindo investimentos em novas tecnologias de proteção para garantir o funcionamento das infraestruturas críticas.
Apesar do avanço acelerado do deslocamento, os cientistas tranquilizam a população: segundo projeções atuais, uma inversão total ainda pode estar a cerca de 1.300 anos de distância. Isso dá tempo suficiente para a ciência e a tecnologia se prepararem para minimizar os impactos de um eventual evento magnético no futuro.
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