Um novo estudo do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS) revela o que muitos brasileiros já sentem na pele: nascer pobre no Brasil é, quase sempre, uma sentença perpétua. A chance de uma criança da metade mais pobre da população chegar aos 10% mais ricos, depois de uma geração inteira — 36 anos — é inferior a 2%. Esse dado devastador escancara a falácia do “Brasil meritocrático” e revela a paralisia das políticas públicas que deveriam romper o ciclo da pobreza. O fracasso estrutural de um sistema que, ao invés de incluir, exclui, se acentua a cada geração.
O Partido dos Trabalhadores (PT), que comandou o país por quatro mandatos presidenciais completos (2003–2016), voltou ao poder em 2023, e mesmo considerando os 16 anos que somará até o fim do atual mandato, a desigualdade segue inabalável. Favelas dobraram de número desde o início do século: de 6,3 mil para 12,3 mil, segundo o Censo de 2022. O número de brasileiros vivendo nessas aglomerações cresceu de 11,4 para 16,4 milhões — um salto de 44%. Enquanto isso, as mesmas famílias políticas, os mesmos grupos ideológicos, vendem promessas recicladas que jamais alcançam os que mais precisam.
No estado do Piauí, um dos mais pobres da federação, essa realidade é ainda mais dramática. A elite política se perpetua no poder há décadas e, mesmo com bilhões em transferências e emendas, o desenvolvimento humano segue estagnado. O Atlas da Mobilidade Social confirma o que os piauienses já sabem: nascer pobre no estado e alcançar uma vida digna ainda é um milagre estatístico. É hora de dar lugar a novas lideranças, com visão, coragem e projeto real de transformação. Manter os mesmos no poder é manter o povo no mesmo lugar: à margem.#ANTONIODEDEUS
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