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Agro AGRO

Nove países mantêm embargo ao frango brasileiro mesmo após erradicação de doença

China, União Europeia e outros importadores seguem com restrições apesar de aval internacional

06/06/2025 às 10h45 Atualizada em 08/06/2025 às 10h17
Por: Wagner Albuquerque
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Foto: Reprodução
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Mesmo sete meses após recuperar oficialmente o status de país livre da “doença de Newcastle”, o Brasil ainda enfrenta barreiras impostas por nove países à exportação de carne de frango. A China, maior compradora individual do produto brasileiro, é uma das nações que mantêm restrições, afetando diretamente frigoríficos no Rio Grande do Sul, foco do surto registrado em julho de 2024.

O episódio teve início em 17 de julho, quando o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a presença do vírus em uma granja na cidade de Anta Gorda (RS). O foco foi controlado rapidamente e, no dia 25 do mesmo mês, o governo anunciou a erradicação da doença, com base em medidas sanitárias rígidas. O reconhecimento internacional veio apenas em 23 de outubro, com a validação da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Apesar da chancela técnica da OMSA, países como China, Chile, Turquia, Taiwan, Ucrânia, Marrocos, Tadjiquistão, Cuba e Polinésia Francesa ainda mantêm restrições comerciais. A China suspendeu a compra de frango de oito frigoríficos gaúchos, afetando empresas como BRF e JBS. Taiwan só aceita produtos com tratamento térmico, enquanto o Chile restringe alimentos oriundos do Rio Grande do Sul. A Turquia, sem acordo sanitário, também bloqueia importações.

Além da “doença de Newcastle”, o Brasil enfrenta embargos relacionados à gripe aviária, mesmo com a OMSA reconhecendo que o surto está restrito a Montenegro (RS). Mais de 40 países mantêm proibição total às importações. A União Europeia, por exemplo, suspendeu as compras de todo o território brasileiro em maio. O governo busca agora negociar a regionalização dos embargos com seus principais parceiros comerciais para minimizar os impactos nas exportações.

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