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Tragédia na estrada: jovem piauiense desaparecido é encontrado morto em Minas Gerais

Joseano saiu de São Paulo rumo ao Piauí, sofreu surto psicótico e, segundo informações preliminares, tirou a própria vida

12/04/2025 às 19h12 Atualizada em 12/04/2025 às 19h20
Por: Douglas Ferreira
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O jovem Joseano Antonio teria sofrido um surto psicótico durante e viagem, chegou a ser internado, mas foi encontrado morto - Foto: Reprodução
O jovem Joseano Antonio teria sofrido um surto psicótico durante e viagem, chegou a ser internado, mas foi encontrado morto - Foto: Reprodução

O desfecho mais temido se confirmou. Joseano Antônio do Nascimento, de 34 anos, natural de Jaicós (PI), e que estava desaparecido desde o dia 3 de abril, foi encontrado morto no Estado de Minas Gerais. O jovem, que partiu de São Paulo com destino ao Piauí, não chegou ao seu destino, e seu corpo foi identificado nesta sexta-feira (11/04), encerrando dias de angústia para amigos e familiares.

Segundo informações repassadas à família, Joseano teria sofrido um surto psicótico durante a viagem e chegou a ser internado em uma unidade de saúde mineira. Após esse episódio, relatos preliminares apontam para a possibilidade de suicídio. A confirmação oficial ainda depende de investigação, mas o corpo já foi reconhecido por familiares após contato do Instituto Médico Legal (IML), que havia recebido o cadáver sem identificação.

Joseano saiu de São Paulo em ônibus com destino a Sobral (CE), com previsão de desembarque em Picos (PI), de onde seguiria para Jaicós. No entanto, não chegou ao ponto de parada previsto. O detalhe que causou estranheza desde o início foi que a mala do jovem chegou ao destino final, indicando que ele desceu antes do local programado, ou sequer chegou a descer oficialmente.

A família, mergulhada em dor, relatou o desaparecimento logo nos primeiros dias. Buscas foram feitas, contatos com autoridades, hospitais e empresas de transporte foram iniciados. Mas as respostas vieram tarde demais. O desaparecimento, que por dias alimentou esperanças, revelou-se uma tragédia em movimento.

O caso levanta reflexões importantes: quantos Joseanos estão vagando por estradas, sem assistência, em momentos de vulnerabilidade psicológica? Onde falhamos como sociedade ao não oferecer redes efetivas de acolhimento, escuta e cuidado a quem transita, literalmente, entre mundos e angústias?

Joseano não voltou para casa. A estrada que deveria levá-lo de volta ao aconchego familiar terminou em silêncio. Um silêncio que grita por respostas, empatia e mais humanidade.

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