As medidas do governo para reduzir o preço dos alimentos, como a isenção de alíquota de importação de alguns produtos, são polêmicas e geram impactos em diversos setores da economia. No curto prazo, podem ajudar a conter a inflação, mas trazem riscos para a produção nacional.
Se o Brasil já é um dos maiores produtores de carne e milho, a importação de tais produtos dificilmente conseguirá preços mais baixos do que os praticados internamente, a menos que sejam subsidiados por outros países. Além disso, essa estratégia pode gerar concorrência desleal, afetando a indústria e o agronegócio nacional. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) argumenta que medidas como a isenção da alíquota para sardinhas, por exemplo, podem desestruturar a cadeia produtiva e prejudicar ainda mais, a segurança alimentar no país.
"Agro é pop, agro é tech, agro é tudo", mas apenas no slogan de uma campanha publicitária da Rede Globo. Na real o agro não é, e não está imunde, as medidas inconsequentes do governo. Aliás, o agronegócio brasileiro sofreu um golpe, nunca antes visto na história desse país, com a supensão do plano Safra.
O governo do presidente Lula interrompeu o Plano Safra 2024/2025 em 21 de fevereiro de 2025 por falta de orçamento. A decisão impacta diretamente os produtores rurais e as instituições financeiras que oferecem crédito agrícola.
Os impactos dessas ações devem ser sentidos de maneira gradual. No entanto, se o governo não equilibrar bem a política de importação com o incentivo à produção nacional, o setor agropecuário pode ser afetado, reduzindo investimentos e causando perdas de empregos.
A grande questão é se essas medidas realmente surtirão efeito na redução dos preços. A experiência mostra que, muitas vezes, a queda nos custos para importadores nem sempre se reflete nos preços ao consumidor. Além disso, os impactos podem ser sentidos apenas a médio prazo, enquanto os efeitos negativos no setor produtivo nacional podem ser imediatos.
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