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Asteroide 2024 YR4: maior ameaça de impacto já detectada

Com 3,1% de chance de colisão em 2032, objeto pode causar destruição massiva

19/02/2025 às 08h41
Por: Wagner Albuquerque
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Foto: Reprodução
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Astrônomos alertaram na última terça-feira (18) que o asteroide 2024 YR4 se tornou a maior ameaça já identificada de impacto contra a Terra. Descoberto em dezembro do ano passado, o objeto tem entre 40 e 90 metros de comprimento e deve fazer uma passagem muito próxima do planeta dentro de sete anos. De acordo com os cálculos mais recentes, há uma probabilidade de 3,1% de colisão no dia 22 de dezembro de 2032, um percentual superior ao que já foi registrado para o asteroide Apophis no passado.

Embora seja menor que Apophis, que inicialmente teve uma chance de impacto de 2,7% para 2029 antes de ter o risco descartado, o 2024 YR4 ainda representa uma preocupação significativa. Especialistas explicam que mesmo asteroides de porte reduzido podem causar destruição considerável, dependendo do local de entrada na atmosfera. Entre os possíveis pontos de impacto estimados estão áreas próximas a grandes cidades como Bogotá (Colômbia), Lagos (Nigéria) e Mumbai (Índia), além de vastas áreas oceânicas.

A energia liberada no impacto depende da massa e composição do asteroide. Como asteroides viajam a cerca de 61 mil km/h, pequenos aumentos no tamanho podem resultar em danos significativamente maiores. Um asteroide de 90 metros teria uma energia cinética oito vezes superior à de um de 40 metros. Além disso, se for composto de ferro, poderá penetrar mais profundamente na atmosfera, causando estragos ainda mais severos. Caso seja rochoso, há uma maior chance de que se fragmente antes do impacto, gerando uma explosão aérea comparável à do evento de Tunguska, ocorrido na Sibéria em 1908.

Caso atinja uma área densamente povoada, os impactos podem ser devastadores. Uma explosão aérea poderia estilhaçar janelas e causar danos estruturais significativos. Se atingir o solo, pode formar uma cratera de aproximadamente um quilômetro de diâmetro, destruindo completamente construções e infraestrutura no entorno. Especialistas alertam que mesmo em um cenário de impacto no oceano, uma colisão próxima à costa poderia gerar tsunamis com potencial de inundação em áreas vizinhas.

Apesar das preocupações, cientistas ressaltam que a chance de impacto pode diminuir com novas observações. A probabilidade de colisão já oscilou recentemente, subindo para 2,3% antes de cair para 2,2%, um comportamento comum para asteroides recém-descobertos. "À medida que continuarmos observando o 2024 YR4, é provável que a chance de impacto caia para zero", afirmou Davide Farnocchia, engenheiro da NASA. A comunidade científica segue monitorando a trajetória do asteroide para avaliar com maior precisão os riscos e possíveis medidas de mitigação.

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