A parede recém-pintada da Estação Ferroviária de Teresina, foi mais uma vez manchada pela pichação: “Fim do genocídio do povo palestino!”. Um grito de tinta, aparentemente carregado de indignação, mas que se desmancha na primeira análise mais profunda. Não resisti: fotografei. A princípio, a intenção era redigir um texto de repúdio ao dano ao patrimônio público – fruto do dinheiro dos impostos –, mas não só.
Era impossível ignorar o teor da mensagem. O que leva alguém a reduzir questões geopolíticas complexas a slogans vazios em um 'muro'? Essa superficialidade é um reflexo preocupante da polarização, onde a profundidade cede lugar ao espetáculo, e a ignorância, muitas vezes, se confunde com virtude.
A ciência nos ensina que o cérebro humano é um universo vasto e interligado por bilhões de sinapses. Com tão grande capacidade, por que tantos optam por navegar na superfície? Talvez a resposta esteja nas distorções ideológicas que moldam parte da sociedade. Não é raro ver discursos simplórios sendo tratados como verdades absolutas, repetidos por aqueles que pouco ou nada compreendem das suas implicações.
Aqui entra a frase emblemática do Dr. Lyle Rossiter, autor de A Mente Esquerdista: As causas psicológicas da loucura política. Ele define o socialismo como uma doença mental, uma distorção que inverte valores e promove a destruição disfarçada de progresso. Essa análise, embora provocativa, joga luz sobre a capacidade do pensamento extremista de se infiltrar nos recantos da mente humana, gerando atos que vão do vandalismo à defesa cega de causas manipuladas por interesses alheios.
O uso do termo “genocídio” para descrever a situação palestina é um dos muitos exemplos de como palavras são distorcidas e amplificadas por agendas. O Hamas, um grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza, utiliza o povo palestino como escudo humano em seus ataques contra Israel. Suas ações não apenas colocam em risco a vida dos palestinos, mas perpetuam a instabilidade na região, sabotando qualquer possibilidade real e duradoura de paz.
Defender a bandeira palestina sem compreender o contexto é ignorar décadas de manipulação e subjugação interna. Os palestinos são vítimas tanto das forças externas quanto das internas, como o Hamas, que suprime liberdades e perpetua a miséria e o terror em nome de sua causa.
Quem teria escrito essa pichação? Talvez um estudante que trocou o estudo pelo ativismo raso, um militante incapaz de argumentar além de palavras de ordem. É preocupante como o debate político, especialmente no meio acadêmico, foi capturado por ideologias que, sob o pretexto de justiça social, promovem discursos vazios e intolerância ao contraditório.
O jornalista Diogo Dantas, em seu texto O marxismo como doença mental, aponta que o comunismo não foi derrotado com a queda do Muro de Berlim, mas sim transfigurado. Como uma hidra, ressurgiu nos campos da cultura, da educação e da comunicação, contaminando gerações com promessas utópicas e apagando as lições da história.
A pichação na estação ferroviária de Teresina, não é apenas um ato de vandalismo, mas um sintoma de algo maior: a desconexão entre discurso e realidade. Quando um 'muro' se torna a plataforma para simplificações perigosas, é sinal de que precisamos resgatar o debate qualificado e combater a ignorância com conhecimento.
E se, no final, isso for mesmo uma doença mental, como sugerem Rossiter e outros estudiosos? Nesse caso, talvez o remédio esteja no compromisso com a verdade e na valorização do diálogo, elementos que parecem escassos em tempos de slogans e 'muros' manchados.
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