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A pichação e o debate: ignorância ou subversão?

Reflexão crítica sobre vandalismo, política e a superficialidade dos discursos militantes

28/01/2025 às 06h14 Atualizada em 28/01/2025 às 07h14
Por: Douglas Ferreira
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O discurso raso que expõe uma ignorância profunda - Foto: Reprodução
O discurso raso que expõe uma ignorância profunda - Foto: Reprodução

A parede recém-pintada da Estação Ferroviária de Teresina, foi mais uma vez manchada pela pichação: “Fim do genocídio do povo palestino!”. Um grito de tinta, aparentemente carregado de indignação, mas que se desmancha na primeira análise mais profunda. Não resisti: fotografei. A princípio, a intenção era redigir um texto de repúdio ao dano ao patrimônio público – fruto do dinheiro dos impostos –, mas não só.

Era impossível ignorar o teor da mensagem. O que leva alguém a reduzir questões geopolíticas complexas a slogans vazios em um 'muro'? Essa superficialidade é um reflexo preocupante da polarização, onde a profundidade cede lugar ao espetáculo, e a ignorância, muitas vezes, se confunde com virtude.

O vandalismo como expressão ou sintoma?

A ciência nos ensina que o cérebro humano é um universo vasto e interligado por bilhões de sinapses. Com tão grande capacidade, por que tantos optam por navegar na superfície? Talvez a resposta esteja nas distorções ideológicas que moldam parte da sociedade. Não é raro ver discursos simplórios sendo tratados como verdades absolutas, repetidos por aqueles que pouco ou nada compreendem das suas implicações.

Aqui entra a frase emblemática do Dr. Lyle Rossiter, autor de A Mente Esquerdista: As causas psicológicas da loucura política. Ele define o socialismo como uma doença mental, uma distorção que inverte valores e promove a destruição disfarçada de progresso. Essa análise, embora provocativa, joga luz sobre a capacidade do pensamento extremista de se infiltrar nos recantos da mente humana, gerando atos que vão do vandalismo à defesa cega de causas manipuladas por interesses alheios.

A bandeira palestina como escudo de interesses obscuros

O uso do termo “genocídio” para descrever a situação palestina é um dos muitos exemplos de como palavras são distorcidas e amplificadas por agendas. O Hamas, um grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza, utiliza o povo palestino como escudo humano em seus ataques contra Israel. Suas ações não apenas colocam em risco a vida dos palestinos, mas perpetuam a instabilidade na região, sabotando qualquer possibilidade real e duradoura de paz.

Defender a bandeira palestina sem compreender o contexto é ignorar décadas de manipulação e subjugação interna. Os palestinos são vítimas tanto das forças externas quanto das internas, como o Hamas, que suprime liberdades e perpetua a miséria e o terror em nome de sua causa.

A superficialidade militante

Quem teria escrito essa pichação? Talvez um estudante que trocou o estudo pelo ativismo raso, um militante incapaz de argumentar além de palavras de ordem. É preocupante como o debate político, especialmente no meio acadêmico, foi capturado por ideologias que, sob o pretexto de justiça social, promovem discursos vazios e intolerância ao contraditório.

O jornalista Diogo Dantas, em seu texto O marxismo como doença mental, aponta que o comunismo não foi derrotado com a queda do Muro de Berlim, mas sim transfigurado. Como uma hidra, ressurgiu nos campos da cultura, da educação e da comunicação, contaminando gerações com promessas utópicas e apagando as lições da história.

Reflexão necessária

A pichação na estação ferroviária de Teresina, não é apenas um ato de vandalismo, mas um sintoma de algo maior: a desconexão entre discurso e realidade. Quando um 'muro' se torna a plataforma para simplificações perigosas, é sinal de que precisamos resgatar o debate qualificado e combater a ignorância com conhecimento.

E se, no final, isso for mesmo uma doença mental, como sugerem Rossiter e outros estudiosos? Nesse caso, talvez o remédio esteja no compromisso com a verdade e na valorização do diálogo, elementos que parecem escassos em tempos de slogans e 'muros' manchados.

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SoahdHá 2 meses Campina Grande PBSó gostaria se pichadores, tem em seu muro de casa, seu primeiro ato de revolta, se não for, considero que a revolta acontece no muro alheio, parece ser "refresco"
Pedro freitasHá 2 meses Teresina piMuito pertinente seu texto. Quando o extremo chega e,carregado de ignorância ,a coisa degringola ,para a esquerda tudo é motivo de crítica ,desde que lhe sejam favoráveis
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A NOTÍCIA E O FATO
A NOTÍCIA E O FATO
Sobre Douglas Ferreira é multimídia. Além de jornalista, é bacharel em Direito. Foi repórter da TV Clube, afiliada da Rede Globo, por 10 anos e, em Caxias, no Maranhão, apresentou o programa “Fala Caxias”. Fundou e dirigiu por seis anos a Folha do Cocais. Foi secretário de Comunicação da Prefeitura de Caxias e retornou a Teresina como âncora da TV Meio Norte. Por 20 anos, reportou e apresentou na TV Antena 10, afiliada da Record. Também foi assessor de imprensa do Tribunal de Justiça do Piauí e passou por rádios e pelos maiores portais do Estado. Sua vida é o jornalismo. No Sistema Move de Comunicação, foi editor do Portal Move Notícias e apresentador do Business Cast, do canal movetvweb no YouTube. Agora, está à frente do Gazeta Hora1.
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