O Ministério Público de São Paulo denunciou Elizabete Arrabaça, de 68 anos, e seu filho, o médico Luiz Antônio Garnica, pelo assassinato da professora de pilates Larissa Rodrigues. A sogra teria envenenado a vítima durante 10 a 15 dias com pequenas doses de veneno, culminando em uma dose fatal após Larissa ameaçar pedir o divórcio.
Segundo a investigação, Luiz pretendia eliminar a esposa para viver com a amante e obter vantagens patrimoniais. Após a morte da vítima, ocorrida em 22 de maio em Ribeirão Preto, o médico avisou a amante e simulou surpresa com o ocorrido, alegando ter tentado reanimá-la — algo que foi contestado por uma médica do SAMU.
O casal foi formalmente acusado de feminicídio triplamente qualificado: por meio cruel (veneno), dissimulação e impossibilidade de defesa da vítima. Luiz também responde por fraude processual por tentar alterar a cena do crime.
A investigação revelou que Elizabete buscou o veneno conhecido como "chumbinho", banido no Brasil desde 2012, dias antes da morte. Larissa apresentou sintomas como diarreia e dores abdominais antes de falecer. O exame toxicológico confirmou o envenenamento.
Além disso, Elizabete também está sendo investigada pela morte da própria filha, Nathália Garnica, que sofreu um infarto um mês antes. A exumação revelou que ela também havia ingerido chumbinho. As defesas dos acusados negam os crimes e alegam falta de provas.
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